quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Estou a caminho de ser arreligioso


Se o leitor se inteirar da forma de pensar, por exemplo, do ex-deputado católico António Sousa Lara; ou da Direita católica francesa; ou da Direita americana católica trumpista (por exemplo, Candice Owens); ou da linha doutrinária oficial do Vaticano do papa Chicotoda esta gente é a favor da Rússia e contra a existência da Ucrânia, na guerra que opõe os dois países.


Em suma: a Igreja Católica e os seus apaniguados concordam com a posição do Partido Comunista de apoio à Rússia contra a Ucrânia.

¿Isto significa que a Igreja Católica é contra o globalismo que, alegadamente, apoia a Ucrânia contra a Rússia? Nem por isso. Significa apenas que a Igreja Católica actual é absolutamente incoerente e anda à deriva, sem rumo doutrinário.

Face a uma Igreja triunfante e militante —  a de outros tempos, como a de Bernardo de Claraval —, a actual é uma Igreja claudicante. Sobre o campanário da igreja pós-moderna (cujo clero oscila entre o pastoralismo político e devoções inconsistentes), em vez de uma cruz, os católicos actuais colocam um cata-vento.

A Igreja Católica pós-moderna inverte a prédica de Fátima: em vez de defender a conversão da Rússia, os católicos fazem a apologia — inconfessável — da heresia russa.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.