sábado, 25 de janeiro de 2025

O Pedro Arroja não faz falta: pode ir à vidinha dele!


“Se, no prazo de uma semana, o Presidente da Direcção do CHEGA, André Ventura, não apresentar um pedido de desculpa aos militantes, na segunda-feira seguinte seguirá a minha carta de desfiliação”.

Pedro Arroja

Ontem já era tarde. Faz tanta falta como um cão na missa católica.


O Pedro Arroja parece saber muito de economia; mas, sendo assim, sabe pouco, com excepção de economia.

As “análises históricas” do Pedro Arroja são de bradar aos céus — por exemplo, quando ele critica a Igreja Católica por (alegadamente) ser “anti-capitalista”.

Os franciscanos (católicos) da Alta Idade Média foram os primeiros teóricos da riqueza.

Foram os franciscanos que em nome do justo uso e da liberdade de contratar, justificam as práticas de enriquecimento da sociedade do início do século XIV (estamos no tempo de Filipe, o Belo, em França, da sua querela política com o Papa Bonifácio, e da extinção da Ordem dos Templários).

O prémio de seguro de risco (aplicado no comércio, por exemplo, mas também nas propriedades privadas) foi “inventado” pelos frades menores franciscanos no século XIII (os “Fratelli”), e os templários utilizavam taxas de juro na suas transacções financeiras na Europa do mesmo século.

A defesa da proibição da taxa de juro era apenas uma corrente ideológica mais radical (desde Santo Ambrósio, no século V, até S. Bernardo, no século XV) da Igreja Católica, que não era unânime e nem sequer maioritária.

No século XV, os frades católicos italianos fundaram uma instituição bancária de nome Monti di Pietá, que abriu várias sucursais em cidades italianas. É desta instituição italiana Monti di Pietá que adveio o nome do Banco Montepio.

O espírito de livre comércio, do “laissez faire laissez passer”, nasceu na França católica do século XVII com Boisguilbert e com os fisiocratas.

O liberalismo económico nasceu na França profundamente católica — só mais tarde surgiu a escola escocesa de Smith e apaniguados.

O Pedro Arroja é um burro com alvará de inteligência em economia. Não faz falta.

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