sexta-feira, 15 de agosto de 2025

As consequências do liberalismo feminista na política portuguesa


Na primeira metade da primeira década do século XXI, ouvi na rádio TSF a Teresa Caeiro (então uma militante proeminente do partido CDS) afirmar (mutatis mutandis) que “hoje já não existe Esquerda nem existe Direita”.

Era a instauração do relativismo político em Portugal. Seria isto talvez em 2002 ou em 2003, em uma entrevista radiofónica.

Teresa Caeiro fez parte de uma moda política prevalecente naquela época, seguida também por mulheres ditas “de Direita” como Teresa Leal Coelho ou Paula Teixeira da Cruz, que valorizaram romanticamente a pusilanimidade das posições tradicionais de Direita, estas baseadas em uma diferente mundividência em relação à Esquerda marxista ou marxizante.

O relativismo político da Teresa Caeiro (et compagnons de route) baseou-se-se na visão liberal de “Fim da História” de Francis Fukuyama, mundividência esta que se revelou desastrosa para a Direita conservadora em todo o mundo Ocidental, e que deu alento ao neomarxismo sob a forma de Wokismo.

A mundividência liberal — personificada em Portugal por mulheres como Teresa Caeiro, Teresa Leal Coelho ou Paula Teixeira da Cruz — trata diferentemente os seus inimigos: vomita nos da Direita conservadora, e tenta absorver os da Esquerda.

O resultado está a vista, para quem quiser ver: o liberalismo resultou desfavorável à liberdade porque ignorou as restrições que a liberdade deve impôr a si mesma para não se auto-destruir.

Na esteira dessas mulheres ditas “liberais”, surgiram posteriormente a Assunção Cristas (que obedecia caninamente às ordens públicas da socialista Isabel Moreira), em primeiro lugar, e depois e recentemente a Mariana Leitão. Todas as mulheres citadas (e as outras mulheres “liberais”, em geral) são o exemplo da tentativa de absorver a Esquerda, ao mesmo tempo que diabolizavam a Direita tradicional.

Depois de ouvir a Teresa Caeiro na TSF, compreendi que o CDS passou a “fechar a Esquerda à direita” (o CDS passou a ser o partido da Esquerda mais à direita), por um lado, e, por outro lado, passei a ser muito céptico em relação ao papel das mulheres na política — cepticismo esse que mantenho até hoje.

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