“É um padre que nos compreende, é um padre da era moderna, que percebe o divórcio, que compreende os jovens e compreende os mais antigos. É um padre que sabe falar com todos. Que nos cativa”.
É claro que um caso de um Padre que “percebe o divórcio”, tinha que vir no pasquim Público. “Perceber o divórcio” significa entrar na “Era do papa Francisco”:
Na próxima quinta-feira, dia 31, o movimento tem uma audiência marcada com o bispo do Porto, Dom António Francisco, a quem pretendem entregar a petição (com mais de 5.700 assinaturas), bem como pedir uma actuação “em conformidade com as posições do papa Francisco”.
Quando li o “perceber o divórcio” na notícia do pasquim, vislumbrei imediatamente a “ponta do aicebergue”.
A interpretação popular, alimentada provavelmente pelo tal Padre Roberto, é a de que o "papa Francisco" é mais brando na área dos costumes e em relação à concupiscência do sentir, e por que “já entramos na Era do papa Francisco”, há que perceber o divórcio na linha do pensamento do "papa Francisco", que consiste em perdoar o pecado para além de perdoar o pecador.
O "papa Francisco" perdoa tudo: o pecado e o pecador. O "papa Francisco" é “porreiro, pá!”. Afinal, não é o "papa Francisco" que faz a pergunta: “¿Quem sou eu para julgar?!”
Portanto, segundo a interpretação popular da tolerância moral do "papa Francisco": não façamos juízos de valor e aceitemos quaisquer comportamentos como sendo igualmente válidos (desde que sejam permitidos por lei). A ética da nova igreja do "papa Francisco" coincide com o Código Penal — é assim que o povo interpreta a nova Era do "papa Francisco", e por aqui vemos os estragos que o "papa Francisco" tem feito à Igreja Católica.
Ou seja, “perceber o divórcio”, segundo a interpretação popular, significa “aceitar as mancebias consecutivas e os concubinatos sucessivos, compreender a necessidade dos apetites, das fornicações e das corneações”, ou seja, fazer com que o comportamento dissoluto seja potencialmente aceite pela Igreja Católica. Por isso é que o povo da freguesia de Canelas, em Gaia, não quer que o Padre Roberto saia: “Ele percebe o divórcio!”.
Eu moro em uma freguesia vizinha da de Canelas e vou à missa à pequena igreja de Santa Bárbara. Portanto, não conheço pessoalmente o Padre Roberto mas já ouvi falar dele; mas não sabia que ele “percebia o divórcio”. E se calhar ele já “percebe” outras coisas: por exemplo, já “percebe o aborto”. E se há coisa que o povo gosta é de viver sem ter culpa de ter culpa. E os “padres Robertos” dão muito jeito. A culpa é uma maçada!
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