terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Não se pode dizer de Helena Matos que ela não tenha coragem

 

“O que está em causa na co-adopção, tal como no recurso às barrigas de aluguer e em alguns casos à inseminação artificial, não é uma questão de amor ou de competência para tratar de crianças mas sim de modelo familiar e de direito à identidade por parte da criança.”Helena Matos

A Helena Matos acertou aqui na mouche, porque o conceito abstruso de “homoparentalidade” (ou seja, a adopção de crianças por pares de invertidos) suprime toda a percepção carnal da origem da criança, que ela já não se pode inscrever em duas linhas directas e claras de parentesco.

O controlo dos dois gays adultos sobre a origem da criança transforma-os (a eles) em um ponto zero da linhagem da criança que fica, assim, com as suas gerações anteriores relegadas para uma espécie de limbo ou lugar marginal. A criança já não pode instituir as suas gerações anteriores como suas raízes pessoais — o que vai tornar difícil o acesso dessa criança à sua própria maternidade ou paternidade.

Só uma pessoa com muita má-fé não vê isto; é tão evidente que me admira que existam “técnicos” que não o consigam ver.