domingo, 23 de março de 2014

A família Pedro e o novo fascismo suave britânico

 

O Reino Unido, do “conservador” David Cameron, é o exemplo do sincretismo entre a Escola Económica de Chicago, na economia, por um lado, e, por outro lado, o politicamente correcto (ou marxismo cultural) na cultura antropológica imposta a partir do Direito Positivo (engenharias sociais). Aliás, o Reino Unido é o paradigma do Partido Social Democrata de Passos Coelho: o Estado deve ser mínimo na economia e na área de apoio social, mas deve ser máximo no controlo e policiamento dos cidadãos, tanto na sua vida privada como pública.

gay-police-sml-webEste sincretismo é uma nova forma (mais suave, por enquanto) de fascismo, porque pretende conciliar o igualitarismo de esquerda na cultura antropológica (o politicamente correcto), com a imposição de uma desigualdade exacerbada na economia — não nos podemos esquecer que o fascismo de Mussolini foi também um sincretismo entre o socialismo/igualitarismo italiano não-marxista, por um lado, e, por outro lado, uma espécie de corporativismo nacionalista que servia quase exclusivamente os interesses dos grandes latifundiários italianos e de uma elite proprietária da grande indústria.

A Inglaterra actual pode ser reduzida ou sintetizada da seguinte maneira: a preponderância absoluta dos interesses económicos e financeiros da City de Londres, na economia, por um lado, e, por outro lado, pela imposição, na cultura antropológica e por via do Direito Positivo, de uma ética e de uma moral arbitrárias e discricionárias que segue o igualitarismo politicamente correcto e de esquerda, e que depende absolutamente da vontade exclusivista e discricionária de uma certa elite judiciária — os juízes e a polícia, apoiados pelo compromisso parlamentar (o tal “sincretismo”) entre a esquerda fabiana de Edward Milliband e a “direita conservadora” de David Cameron.

familia pedro web

É neste contexto que surge o caso da família Pedro, uma família portuguesa de Almeirim cujos cinco filhos foram retirados à mãe e ao pai, de uma forma absolutamente irracional e arbitrária, e foram entregues pelo Estado para adopção e/ou a cuidados de outras famílias de acolhimento, que, em maioria, são “famílias gay”. A Inglaterra é o único país do mundo onde uma família cristã não pode adoptar uma criança, por ser cristã e assumir-se como cristã, mas um qualquer par de gays já pode adoptar.

¿E o que fazem as autoridades portuguesas, no caso da família Pedro? Até agora, nada. E não fazem nada porque o governo de Passos Coelho e a Esquerda, em geral, chegaram também a um compromisso sincrético “neofascista” à moda inglesa: à laia de analogia, e não de comparação: o caso de Liliana Melo revela que o novo fascismo suave inglês foi também adoptado pelo regime da “direita” de Passos Coelho.

O drama da família Pedro pode ser seguido aqui.

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