“O modo como a Assembleia da República está a fugir de tomar posições é bem revelado no modo como se empurrou para o eterno e adiado futuro a decisão sobre o Acordo Ortográfico.
Percebe-se que a opinião dos deputados não conta para nada, mesmo havendo uma possível maioria contra o Acordo, e que apenas a força do impasse político internacional, transformada em inércia, mantém as coisas como estão.
Ou seja, a língua portuguesa continua a estragar-se todos os dias, apenas porque ninguém quer saber disso nas elites políticas, nem tem coragem de dizer sim ou não. Ou não quer defrontar os interesses que explicam a manutenção de um acordo moribundo, mas deixado apodrecer no meio das palavras de uma velha língua que infecta e gangrena. Estamos assim.”
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