“Lá estamos nós outra vez a embarcar num ciclo entre a propaganda e a ignorância, associado a muita impotência, a pretexto da Ucrânia. Já temos os “bons”, os revoltosos da Praça Maidan, os ucranianos ocidentais, a União Europeia (imagine-se!) e os EUA, aliados às forças da “liberdade” e “democracia”, e os “maus”, os ucranianos orientais pró-russos (cujas manifestações não passam na televisão), os russos propriamente ditos, invadindo a Crimeia a pedido de um Presidente corrupto (neste caso é pura verdade).
Já foi assim nos Balcãs, agora é na Ucrânia. A União Europeia, porque não lhe convém, nada diz da Geórgia, ou da Moldávia, onde partes do território estão sob “protecção russa” de governos pró-moscovitas e populações que querem os russos para os proteger dos nacionalistas pró-georgianos e pró-romenos. E, mesmo nos Balcãs, situações apodrecidas e apenas mantidas num congelador subsistem até ao próximo conflito, na Sérvia, na Croácia, na Bósnia ou no Kosovo. São o retrato de intervenções ocidentais apressadas, politicamente correctas, mas não oferecendo a esses “países” senão linhas divisórias mantidas em “paz” por forças estrangeiras.”
Os sublinhados são meus. Ler o resto aqui.
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