quinta-feira, 15 de maio de 2014

O estado de putrefacção moral a que chegou o alto clero da Igreja Católica

 

joao-paulo-iiLeio aqui que um Bispo italiano, de seu nome Nunzio Galantino, afirmou que não se identifica com os católicos que rezam o terço perto das clínicas de aborto (de facto, ele utilizou a expressão “Interrupção Voluntária da Gravidez” em vez de “aborto”), mas antes (diz ele) “apoia os jovens que se opõem a esta prática e que lutam pela qualidade de vida do povo, pelo seu direito à saúde, ao trabalho”. Ou seja, o Bispo criou uma dicotomia entre o terço à porta das clínicas de aborto, por um lado, e, por outro lado, a melhoria das condições de vida do povo.

Essa dicotomia é inexistente e consiste em uma falácia Ignoratio Elenchi. Não tem nada a ver o cu com as calças. A luta pelas condições de vida do povo não é incompatível com o terço rezado à porta das clínicas abortadeiras. Pode-se fazer uma coisa e outra. Mas a posição do Bispo revela o estado putredinoso, intelectual e moral, a que chegou o clero superior da Igreja Católica em geral, e explica, em muito, por que razão o cardeal Bergoglio foi escolhido para Papa.

Por outro lado, a ideia segundo a qual um melhor nível de vida das populações reduz a incidência do aborto não corresponde aos dados da experiência. Portanto, a afirmação do Bispo italiano só pode ser entendida em um contexto de uma determinada ideologia que infestou o alto clero da Igreja Católica.

É nosso dever combater esse clero, colocando-o fora do poleiro se necessário for, correndo-os da Igreja para fora: a Igreja somos todos nós, católicos praticantes, e não uma cambada de ideólogos que tomaram de assalto a Igreja Católica, e que substituíram a teologia pela ideologia política.

“Não tenhais medo!”

1 comentário:

  1. É pior que isso.

    D. Galantino não é "apenas" um bispo italiano. Ele é o secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, nomeado para essa importante posição recentemente pelo Papa Francisco.

    Para mim está cada vez mais claro que, tal como durante a crise ariana do século IV, caberá às ovelhas defender o aprisco pois pastores com coragem para enfrentar os lobos são hoje muito poucos.

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