sexta-feira, 30 de maio de 2014

O "papa Francisco" e os “Jesus Freaks”

 

“Em novo gesto de austeridade, o Papa cancelou, de última hora, um almoço no Centro Notre Dame, que os Legionários administram em Jerusalém. O motivo teria sido evitar o luxo e optar por algo “mais simples”, comer com os franciscanos.”

Francisco não quis almoçar com os Legionários de Cristo


Na década de 1960 surgiu nos Estados Unidos um movimento de contra-cultura denominado Movimento de Jesus, também conhecido por “Jesus Freaks” e/ou “Povo de Jesus”.

jesus-people

A origem do movimento é obscura, mas há quem diga que se iniciou na cidade de San Francisco com um tal Ted Wise, um antigo tóxico-dependente que se transformou em hippie. O Movimento de Jesus pulverizou-se em uma miríade de comunas (literalmente, pessoas que viviam em comunidades separadas da sociedade) com características diversificadas, e sendo que a maioria dos membros eram jovens entre os 15 e os 24 anos. À medida que esses jovens foram amadurecendo, os “Jesus Freaks” foram desaparecendo com a extinção do fenómeno da contra-cultura, já na década de 1970.

A diversidade do Movimento de Jesus da década de 1960 torna difícil uma generalização das crenças e de práticas, mas podemos identificar pontos comuns: a contra-cultura (radical e irracional), que incluía

  • a procura da “autenticidade” (que ninguém sabia exactamente o que era),
  • a visão da subjectividade como chave-mestra da interpretação da realidade,
  • o ideal comunitário com uma forte repulsa por qualquer posse material,
  • e uma atitude negativa para com a actividade intelectual.

O "papa Francisco" parece ter sido transportado da década de 1960 para o século XXI.

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