quarta-feira, 7 de maio de 2014

Parece que eu é que sou comunista, e não a Raquel Varela!

 

A Raquel Varela mistura aqui vários factos diferentes e que não dependem uns dos outros (não se misturam em um mesmo nexo causal; ou, em bom português, “não tem nada ver o cu com as calças”): ela mistura o valor das reformas, com os valores pagos pelo Estado em relação às PPP (Parcerias Público-privadas), e com os salários milionários de algumas pessoas em Portugal, como é exemplo o António Mexia.

Ela mete tudo no mesmo saco para tentar justificar algumas reformas acima de 2000 Euros (recorde-se que, na Suíça, que é um país capitalista por excelência, as reformas têm um tecto máximo, salvo erro, de 2000 Euros. E quem quiser ter uma reforma maior do que essa, tem que ter feito um seguro privado de reforma).

gabriela-webEu não tenho a certeza se a Raquel Varela é “assim mesmo” (se ela “nasceu assim”, como a Gabriela da novela Cravo e Canela), ou se faz de conta de que “nasceu assim”. Mas talvez “a coisa” deva ser natural.

1/ em relação ao António Mexia: se uma empresa privada entender que deve pagar a um gestor 100 milhões de Euros por dia (por exemplo), é porque esse gestor vale esse dinheiro. As coisas valem aquilo que dão por elas. O que o Estado deve fazer é incidir sobre os rendimentos desse senhor os respectivos impostos.

2/ as PPP (Parcerias Público-privadas) é outro assunto — e não tem nada a ver com o salário do António Mexia e quejandos, nem tem a ver com as reformas acima dos 2.000 Euros.

Eu sou de opinião de que, em algumas PPP (Parcerias Público-privadas), o Estado deve comprar ou vender: repare-se que “ou” é uma conjunção disjuntiva: ela exclui: ou uma coisa, ou outra. Ou o Estado compra, ou o Estado vende, e não as duas coisas simultaneamente e nada diferente disto.

Conta-se até a história de dois lógicos, em que um pergunta ao outro, quando ambos vêem um travesti: “É homem ou mulher?”; ao que o segundo respondeu: “Sim!”

3/ a questão das reformas acima dos 2.000 Euros é uma questão de princípio — e não uma questão de percentagem em relação ao universo das reformas pagas pelo Estado. ¿Será que a Raquel Varela sabe o que é um “princípio ético”?!

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