segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A entropia do protestantismo conduz à incompreensão da Bíblia

 

“In the Roman Catholic Church, Vatican official have denounced what they refer to as radical feminism. But two official church dogmas proclaimed respectively in 1854 and 1950 involving Mary, the mother of the historical Jesus, strike me as expressing the spirit of radical feminism, albeit on a symbolic level: The Immaculate Conception (1854) and the Assumption of the Blessed Virgin Mary into Heaven (1950). So why aren't Vatican officials today keeping up with the spirit of radical feminism of these two official church dogmas about Mary?”

Cardinal Mueller and Pope Francis Are Hopeless Misogynists

Este texto longo, escrito por um americano protestante, revela que as culturas protestante e a católica estão de tal forma afastadas entre si que dificilmente se entendem. O texto é longo, e por isso é impossível comentá-lo todo aqui; fico-me apenas pela introdução supracitada.

O dito protestante, que dá pelo nome de Thomas James Farrell, diz que os dogmas católicos da Imaculada Concepção (ou Conceição) e da Assunção de Nossa Senhora, são formas de “feminismo radical”; e, por isso, o dito protestante não entende por que razão a Igreja Católica critica o “feminismo radical” — na medida em que se parte do princípio que ambos os dogmas são, alegadamente, expressão de um “feminismo radical”.

O dogma da Imaculada Concepção de Maria é referido no Novo Testamento: parece que os protestantes necessitam de ler a Bíblia. Portanto, o dogma não é apenas católico: é inerente ao próprio Cristianismo desde a sua origem.

O dogma da Assunção de Nossa Senhora, introduzido pelo Papa Pio XII em 1950, surge no seguimento do reconhecimento oficial, pela Igreja Católica, das aparições de  Nossa Senhora em Fátima em 1917.

É claro que um protestante comum não acredita que a Santa Maria, Mãe de Jesus, tenha aparecido em Fátima aos três pastorinhos. Aliás, os protestantes não aceitam que a Mãe de Jesus seja santa, porque não aceitam o conceito católico de “santidade”. A partir do momento em que os protestantes não aceitam que a Mãe de Jesus seja santa, Maria passa a ser considerada uma mulher qualquer — o que está em contradição com o estatuto de Maria no Novo Testamento, por um lado, e por outro lado está de acordo com a imagem de Maria que o Alcorão nos dá (“les bons esprits se rencontrent...”).

A entropia ideológica do protestantismo conduz a uma reinterpretação da Bíblia à luz de conceitos estritamente modernos, o que significa que se afasta progressivamente não só das origens do Cristianismo, como se torna cada vez mais difícil um diálogo com o catolicismo autêntico.

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