domingo, 26 de outubro de 2014

Afinal, o Frei Bento Domingues já não gosta do “papa Francisco”. Amuou.

 

“Não vale a pena dizer que isso não tem importância. Cada um ficará onde já estava. Os casais que se identificam com a doutrina da HV e a da Familiaris Consortio (J. Paulo II) suspenderam os seus receios. Quem aguardava, para já, uma alteração dessas posições, terá de esperar por melhores dias.” → Frei Bento Domingues

Mais uma vez, o Frei Bento Domingues manifesta uma certeza do futuro: a inversão da percepção do tempo é uma característica da mente revolucionária. E a inversão da moral, também. Por exemplo, quando o frade utiliza o termo “casal” para uma associação sodomita entre duas avantesmas (que podem ser quatro ou cinco, dependendo da suruba). Na aldeia em que o Frei Bento Domingues nasceu e foi criado, aparentemente não havia casais de burros: era toda a gente inteligente — até os burros como ele.

Na sua obsessão dogmática político-ideológica pela “igualdade”, o Frei Bento Domingues vai ao ponto de dizer que o acasalamento (humano ou não) é um fenómeno de “privilegiados”...! — é que, “casal”, por um lado, e “acasalamento”, por outro lado estão intimamente interligados. Ora, que eu saiba, um par de homossexuais não acasala, embora o Frei Bento Domingues os considere como “casal”. Segundo o dicionário, “acasalamento” é o “acto de acasalar” que, por sua vez, é “juntar macho e fêmea para criação”.

O Frei Bento Domingues reconhece o comportamento pidesco do "papa Francisco":

“O Papa Francisco lançou uma esperança e, na sua prática, mostra-se fiel à Alegria do Evangelho. No entanto, foi-se apercebendo de que os apelos feitos à hierarquia da Igreja não têm tido os frutos desejáveis. Sentiu como estavam activos, na preparação e realização do Sínodo, os funcionários da indústria da conserva eclesiástica, ao ponto de ter de afastar o cardeal Raymond Burke, presidente do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica.”

O problema do Frei Bento Domingues é o de que aceita perfeitamente a “PIDE ao contrário”: se a PIDE fosse do reviralho, o Frei Bento Domingues seria um bom agente — porque, para o Frei Bento Domingues, não são os métodos da PIDE que o incomodam: o único problema é o de que a mundividência da PIDE não era coincidente com a dele.

Para o Frei Bento Domingues, os meios são sempre bons para se alcançarem os fins que a sua certeza do futuro determina de uma forma inexorável.

“Mario Bergoglio surgiu com um programa de reforma do papado e da cúria romana para lançar a Igreja como uma realidade evangelizadora, em todas as suas instâncias, vendo o mundo e actuando a partir das periferias.”

Tal como aconteceu com o "papa Francisco", o Frei Bento Domingues não percebeu que o conceito de “periferia” só faz sentido se existir um centro.

O centro e a periferia fazem parte de uma mesma realidade: não é possível actuar nas periferias sem actuar simultaneamente no centro. Portanto, a acção da Igreja Católica deve ser sempre a partir do Todo social, e não exclusivamente “a partir da periferia”: foi isto que foi entendido por dois grandes papas pós-conciliares: João Paulo II e Bento XVI, em relação aos quais o "papa Francisco" é uma caricatura com pés carunchosos.

Ganharíamos muito se lêssemos e interpretássemos as narrativas dos Evangelhos como belas e eficazes peças de teatro. Têm acção, controvérsias, actores e existem para colocar uma assembleia em movimento. A nossa tentação é a de extrair desses textos apenas princípios doutrinais, sentenças e normas de conduta, reduzindo tudo a lições de moral. As reduções de Jesus eram de outro tipo.”

A acédia do Frei Bento Domingues provavelmente não lhe permitiu ler e ver as muitas obras acerca da vida de Jesus Cristo, desde o “Inferno” de Dante ao filme “A Paixão de Cristo” do realizador e actor Mel Gibson. A tentação do Frei Bento Domingues é a de ver apenas os Evangelhos como peças de teatro, reduzindo toda a realidade evangélica a uma mera narrativa.

E continua o frade:

"Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. Um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: 'Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?' Jesus disse-lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." (Mt 22, 34-40 e Mc 12,28-34; Lc 10,25-28; Jo 13,33-35)”.

Mas de que “amor” está o frade a falar?!

Eu já ouvi, a um militante do Bloco de Esquerda, afirmar que “o aborto é feito em nome do amor” (textual!). Será essa também a opinião do Frei Bento Domingues? Ou será que, para o frade, o “amor” é a libido? Ou será o eros? Ou será uma qualquer parafilia?

Para Jesus Cristo, o amor era o ágape. Mas em nome do ágape cristão, o frei pretende reduzir o amor à mais pura subjectividade — o que é altamente condenável em um frade da Igreja Católica. Mas descanse o frade que a Igreja Católica portuguesa não vai seguir o exemplo do seu (dele) querido "papa Francisco", proscrevendo-o como, aliás, bem merecia. A actual hierarquia da Igreja Católica portuguesa é bem mais inteligente do que os radicais que se instalaram na cúria romana. Os cães ladram e a caravana passa.

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