sábado, 29 de novembro de 2014

Alfred Tarski, linguagem-objecto e metalinguagem

 

O leitor assíduo deste blogue poderá ter-se apercebido de que eu utilizo amiúde as “aspas” na linguagem escrita. Há uma razão para isso: a distinção entre linguagem-objecto, por um lado, e metalinguagem, por outro lado.

Por exemplo, a frase “Sócrates é corrupto” está aqui entre aspas porque, neste caso, pertence à linguagem-objecto, ou seja, pertence à linguagem que se fala comummente: a frase “Sócrates é corrupto”, entre aspas, pode ser considerada como um nome, porque o objecto de que se fala é sempre representado por um nome.

Mas o mesmo conceito — Sócrates é corrupto —, sem estar entre aspas, pertence à metalinguagem, que é a linguagem que utilizamos para falarmos da linguagem-objecto: a frase “Sócrates é corrupto” é verdadeira se e só se Sócrates é corrupto.

A metalinguagem fica mais rica e mais comunicativa se contiver em si mesma a linguagem-objecto.

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