quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A Alemanha quer ver o seu ouro, mas os americanos não estão pelos ajustes

 

Lembro-me de que no início da década de 1980, estava eu a tratar de assuntos meus no Banco e entrou um paisano serôdio que se dirigiu ao balcão, ao meu lado, e disse ao funcionário: “Quero ver o meu dinheiro!”.

O funcionário foi e veio já com um papel na mão que deu ao senhor: “Aqui está o seu extracto de conta”. “Não, não!” — retorquiu o paisano — “quero ver o meu dinheiro com estes olhos que a terra há-de comer!”. O funcionário do Banco e eu ficámos atónitos!

Lá foi o empregado buscar o dinheiro em notas de Escudo (saudades!) e colocou-as em cima do balcão para gáudio do paisano que se entreteve longamente a contá-las. Depois entregou o dinheiro ao funcionário, agradeceu e saiu.

Naquela altura pensei que a atitude do paisano seria estúpida. Hoje já não tenho a certeza. A Alemanha quer ver repatriadas as 1.500 toneladas do seu ouro que tinha depositado na Fed Reserve americana, mas os americanos recusam-se a devolver o ouro que não é deles.

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