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domingo, 23 de abril de 2023

Eles mentem !


“Esquerdistas empedernidos citam a posição de Adam Smith favorável ao imposto sobre heranças, como se as desigualdades de nascimento (…)”

Desigualdade de nascimento e imposto sobre heranças


Eu desafio, a quem quer que seja, que me identifique, em alguma obra de Adam Smith, uma frase ou sentença em que este se manifeste claramente favorável a um imposto sobre as heranças de propriedade privada.

Na “Riqueza das Nações” [Gulbenkian, 1989, 444], Adam Smith escreveu (mutatis mutandis) que aquele homem que não tivesse mais do que o seu corpo para alimentar e os seus braços para trabalhar, não poderia viver a obrigação do “sobre-trabalho” sem o qual não há lucro, senão como uma forma de “violência” — o que levou a que Karl Marx escrevesse (“A Santa Família”) que “é assim que Adam Smith polemiza algumas vezes contra os capitalistas”.

O que Adam Smith pretendeu dizer é que o trabalho escravo não é moral- e economicamente justificável; mas certamente não quis dizer que as heranças sobre a propriedade privada devessem ser abolidas.

É certo que Adam Smith deu prioridade à utilidade, em detrimento da liberdade [“Lectures on Jurisprudence”, Oxford Uni., 1978]— o que acontece hoje com a Esquerda utilitarista [incluindo o IL (Iniciativa Liberal)].

Ou, melhor dizendo: tendo de escolher expressamente entre a utilidade e a liberdade, Adam Smith escolhia a utilidade — o que, aliás, estava na moda, na época, sob influência das ideias de Bentham —, ao contrário do que acontecia com David Hume que dava primazia à liberdade.

Tudo isto levou a um abuso de interpretação das teses de Adam Smith, por parte da Esquerda (como fez Karl Marx).

Por exemplo, da crítica moral à “ordem esclerosada e hipócrita” da sociedade de tradição cristã (idem), feita por Adam Smith, não se pode honestamente inferir que ele pretendesse acabar com as heranças.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Eu continuo um crítico desta União Europeia

Quem lê este blogue sabe que eu sou contra o federalismo europeísta defendido pela grande maioria dos políticos portugueses — uns de uma forma aberta, como por exemplo, Paulo Rangel; e outros de uma forma dissimulada e hipócrita, como Marcelo Rebelo de Sousa. A política portuguesa está controlada pela maçonaria irregular (de origem francesa), que impõe à política o federalismo europeísta que exige a construção de um leviatão à imagem da China (sinificação).

A principal razão por que sou contra o federalismo europeísta é a de que este obedece a uma lógica globalista (não confundir “globalismo” com “globalização”). Este globalismo faz a síntese entre o conceito trotskista de “internacionalismo”, por um lado, e por outro lado, o conceito de “capital global”: existe uma síntese política entre a chamada “esquerda marxista” (no sentido de Trotski) e a “direita capitalista-burguesa globalista” (no sentido de George Soros, ou Bill Gates).


bill gates socialismo  web


Podemos definir “burguesia” como todo o conjunto de indivíduos insatisfeitos com o que têm e muito felizes com o que são: neste sentido, a burguesia é mais um “ethos” de um tipo de sociedade que surgiu da revolução industrial, e menos uma classe social estanque e definível.

É neste sentido que muitos políticos actuais (por exemplo, Assunção Cristas, ou Teresa Caeiro) dizem que “já não existe esquerda e direita”.

A União Europeia do Euro só terá a minha simpatia quando promover a primazia da indústria autóctone europeia.

O “esquerdista” [por exemplo, o militante do Bloco de Esquerda ou do Partido Socialista] é alguém que repudiou as virtudes da “burguesia progressista” [por exemplo, o militante do IL (Iniciativa Liberal)] sem repudiar os seus vícios; hoje, a dicotomia política não é tanto entre a burguesia e o proletariado [como era no século XIX e início do século XX], mas entre quem paga impostos, por um lado, e a classe que vive à custa deles, por outro lado.

O marxismo foi a última ideologia honesta produzida pelo optimismo burguês.

Voltemos à “vaca fria”: a plutocracia globalista é controlada por aquilo a que Fernando Pessoa chamou de Grupo dos Trezentos. A União Europeia, ao serviço do Grupo dos Trezentos e depois da implementação do Euro, destruiu o tecido industrial dos países do sul da Europa — nomeadamente, Portugal e Grécia (por exemplo, o fim do Acordo Multifibras desindustrializou Portugal).

A destruição de grande parte do seu tecido industrial foi o preço que Portugal pagou para entrar na zona Euro.

Grande parte da produção industrial portuguesa foi transferida para países de fora da Europa — por exemplo, China, Indonésia, Marrocos, etc..

Desde a entrada de Portugal no Euro (2000) — e com a deslocalização da produção portuguesa para países terceiros, que conduziu a um aumento da pobreza real do país —, a classe política portuguesa tentou sempre a quadratura do círculo: por um lado, pretendia que a sociedade (incluindo o Estado) gastasse mais do que podia (défices sistémicos e aumento da dívida, por exemplo, nos países do sul da Europa), e, por outro lado, pretendia manter a inflação baixa (uma exigência da Alemanha de Angela Merkel).

Para conseguir isto, o BCE [Banco Central Europeu] entrou em "Quantitative Easing" e na compra das dívidas nacionais, por um lado, e por outro lado, os países da zona Euro passaram a comprar “tudo feito” e muito barato na China — e os produtos consumíveis mantinham-se baratos, enquanto que os valores dos activos (por exemplo, imobiliário) subiam de uma forma desproporcionada em relação aos seus valores reais.

Este fenómeno europeu ("Quantitative Easing" + desindustrialização dos países + bolha imobiliária) entrou também na lógica do aumento da despesa do Estado — e, neste sentido, há aqui uma aliança entre George Soros e Bill Gates, por um lado, e Catarina Martins e António Costa, por outro lado: são as grandes empresas multinacionais e as burocracias estatais que beneficiam das políticas federalistas da União Europeia, e são as pequenas e médias empresas dos pequenos países (por exemplo, Portugal) que vão sendo destruídas por esta União Europeia do leviatão.

A União Europeia do Euro só terá a minha simpatia quando promover a primazia da indústria autóctone europeia.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

O arquétipo mental sinuoso e soviético da Raquel Varela


Diz a Raquel Varela que, se subirmos os salários dos portugueses, não será por isso que acontecerá inflação.

« A frase “se subirmos o salário subimos a inflação” de António Costa, apoiada e repetida em vários comentários públicos, e entre eles economistas, não tem qualquer valor científico-económico. Se subirmos o salário sem subir os preços não sobe a inflação. O que se faz é usar e abusar da iliteracia económica da população.»

→ Raquel Varela : “Subir os salários não sobe, necessariamente, a inflação”

E, até certo ponto, ela tem razão: por exemplo, o Donald Trump aumentou os rendimentos (salários) dos cidadãos americanos (em geral), e a inflação manteve-se em menos de 2% enquanto ele foi presidente dos Estados Unidos; mas o Donald Trump conseguiu esse aumento dos salários para o povo com a redução de impostos sobre o trabalho — e não com o aumento brutal de dinheiro impresso em circulação, como está agora a fazer o socialista João Bidé.

Ora, para a Raquel Varela, a redução de impostos é heresia.

E, portanto, se excluirmos a redução de impostos, só existem duas soluções para o problema do aumento dos salários: ou o aumento da produtividade na economia portuguesa (que também não causa inflação), ou o aumento do dinheiro impresso em circulação na economia (o que, em princípio, não é permitido pelo BCE [Banco Central Europeu]), mas que causa inflação ou mesmo estagflação.

Há uma terceira hipótese: descapitalizar as empresas portuguesas através de um aumento de salários por decreto-lei, e levá-las à falência. Desta forma, a Raquel Varela ficaria feliz ao ver realizado, em Portugal, o seu sonho da reconstrução da União Soviética.

five-year-plan

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Vem aí uma recessão económica na zona Euro. E quem se lixa é o mexilhão.


Com uma recessão económica na zona Euro, toda a gente vai perder — incluindo os países da OPEP.

O aumento do preço do petróleo já vinha de antes da invasão da Rússia à Ucrânia: a Esquerda, na União Europeia (que inclui os partidos sociais-democratas e mesmo o partido da “direitinha” de Angela Merkel ), conseguiu guindar artificialmente o preço do Brent para os 100 US Dollars o barril — este é o preço “fetiche” do petróleo preconizado pelos antónios guterres deste mundo...

O Brent teve um aumento de 28% desde há três meses (ainda não havia guerra)... um aumento de 61% no último ano (ainda não havia guerra)...e apenas 1% no último mês (depois da invasão russa da Ucrânia). Portanto, os grandes aumentos do crude já se verificavam antes da guerra na Ucrânia.

Os actuais preços dos combustíveis (nas bombas) são artificiais, ou seja, foram criados e fomentados pela elite globalista que controla os Estados.

Por outro lado, a chamada “bazuca” da União Europeia (mais "Quantitative Easing" na zona Euro) soma-se à inflação natural causada pelo aumento artificial dos preços dos combustíveis. A elite globalista está a f*der o nível de vida dos povos da Europa, causando propositadamente uma inflação cujas consequências são difíceis de quantificar neste momento, e com o intuito de potenciar mais-valias e sacar da economia à fartazana.

O resultado da sobreposição da inflação causada pelo aumento artificial dos combustíveis + a inflação propositada causada pelo "Quantitative Easing" brutal (a “bazuca” europeia), é uma recessão que se aproxima.

Tomem nota. Vem aí uma tempestade perfeita. E quem se lixa é o mexilhão.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Eu penso que o Polígrafo mente

poligrafo mente web

Eu lembro-me de receber comissões adicionais ao fim do ano (o chamado “prémio anual de produtividade”) de cerca de 5.000 Euros, e de pagar, de IRS, cerca de 40% sobre esse valor ao Estado. O valor do imposto vinha mesmo discriminado na folha de salário.

Outro exemplo: um proprietário de um imóvel (por exemplo, um apartamento) pode pagar cerca de 30% de IRS sobre o valor das rendas que aufere (contrato de arrendamento). Por isso é que anda tanta gente a fugir aos contratos registados nas Finanças. Ora, um proprietário de um apartamento não é necessariamente rico.

O problema do Polígrafo — e da Esquerda, em geral — é que considera que quem ganha mais do que 1.500 Euros mensais já é rico (com excepção dos funcionários do Estado, que são sempre considerados “pobres”, mesmo que tenham rendimentos milionários); mas acontece que os impostos directos (neste caso, o IRS) pagos pelos funcionários do Estado são simples “transferência de caixa”: o dinheiro sai de um bolso do Estado, e entra noutro bolso do Estado; não é dinheiro fresco, como é o dinheiro do IRS pago pelos trabalhadores do sector privado da economia.

Eu não sou economista, e gostaria de ter uma opinião especializada sobre esta mentira do Polígrafo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

As leis de mercado não se aplicam em Portugal

Durante os dois recentes confinamentos pandémicos, o consumo de combustíveis fósseis, em Portugal, baixou drasticamente.

Se as leis de mercado (a lei da oferta e procura) funcionassem em Portugal, então, as margens de comercialização dos combustíveis baixariam, ou, pelo menos, seriam mantidas na mesma margem — para compensar a perda da procura do mercado, e para fomentar o consumo; mas não foi isso que aconteceu.

Durante os confinamentos, as margens de comercialização dos combustíveis, aumentaram. E este é apenas um exemplo de como Portugal não é permeável às leis do mercado.

O “empresário” português está habituado a matar a “galinha dos ovos de ouro”; e depois queixa-se ao Estado que o sustenta.


terça-feira, 28 de setembro de 2021

O presidente dos Estados Unidos que os liberais portugueses gostam


Os liberais portugueses — os do partido IL - Iniciativa Liberal — detestavam Donald Trump; e, em contraponto, já gostam do João Bidé.

Eis uma frase do Bidé que o o novo liberalismo respeita religiosamente:

“A minha agenda política do "Building Back Better", no valor de 3,5 biliões de dólares, não tem qualquer custo para o cidadão”.

É disto que os liberais gostam! O QI deles não dá para mais!

build-back-better-web

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Quem me dera um Donald Trump em Portugal

 

Para os odeiam Donald Trump: a economia americana está a crescer a mais de 4% por ano. Eu não me importava de ter o Donald Trump como primeiro-ministro de Portugal.

 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O Bloco de Esquerda e o trabalho reprodutivo

 

Chamaram-me à atenção para esta espécie de texto, cujos factos relatados são irremediavelmente falsos. Porém, toda a ideologia tem direito a manipular os factos e a falsear a realidade. E o Bloco de Esquerda não foge à regra.

O que é chocante, no referido textículo, é o conceito de “trabalho reprodutivo”: o termo é de uma crueza inaudita. O Bloco de Esquerda considera como sendo “trabalho” (no sentido económico moderno) o acto de parir e de criar um ser humano. Se isto não fosse sério, seria histriónico. E depois vem o Bloco de Esquerda para a praça pública dizer que defende a natalidade...

O que é espantoso (e nauseabundo) é que o “amor de mãe” (através do conceito de “trabalho reprodutivo”) seja reduzido pelo Bloco de Esquerda a uma “actividade animal”, ao conceito de “trabalho” segundo Karl Marx.

A redução de toda a actividade humana a “trabalho”, é assustadora; é semelhante ao conceito neoliberal de “não há almoços grátis” do “católico” João César das Neves (tão católico que ele é, que até anda caladinho acerca da acção política do papa Chico).

Segundo os modernos (que incluem a Catarina Martins e o João César das Neves), o objectivo do trabalho (que vem do latim “tripalium”, um instrumento de coacção através do qual se prendia o gado) é a transformação da Natureza num sentido útil para o Homem, tendo em vista as suas necessidades. Ou seja, o que não é útil, não é trabalho (e por isso é que “não há almoços grátis”); e, assim sendo, o acto de parir e de criar uma criança passa a ser considerado “útil” pelo Bloco de Esquerda, e é neste contexto que este partido diz “defender a natalidade”.

Porém, assim como há actividades remuneradas às quais é difícil chamar “trabalho”, assim há actividades desinteressadas cuja motivação principal reside no prazer que nos proporcionam. Desta forma, é possível distinguir as actividades socialmente úteis, e chamar de “trabalho” apenas aquelas que estão associadas à produção de bens e serviços necessários à vida; e, que eu saiba, um ser humano não é um “bem e serviço”, nem a sua mãe é uma “parideira industrial”.

A mundividência oficial do Bloco de Esquerda é de tal forma repulsiva que me causa náuseas.

Essa mundividência oficial do Bloco de Esquerda reflecte-se no conceito de “totalitarismo”, segundo Hannah Arendt no seu livro “Entre o Passado e o Futuro” (editora Relógio D' Água, 2006, páginas 110 a 118).

Segundo a experiência da Hannah Arendt, o sistema totalitário difere do clássico autoritarismo político (por exemplo, o Salazarismo) porque se constrói (analogamente) através do chamado “sistema da cebola”: a liderança e o seu núcleo político encontra-se no centro da “cebola” que tem várias camadas até à superfície táctil.

A acção política da liderança e do núcleo duro do sistema totalitário é iniciada a partir de centro da organização para o exterior, e não a partir de cima para baixo como acontece no autoritarismo que tem uma estrutura piramidal e cujo poder do líder autoritarista é justificado por uma realidade que transcende a própria sociedade (Deus).

As camadas intermédias da “cebola” totalitária consistem em uma extraordinária diversidade de partes legais e clandestinas do movimento totalitário que se entre-cruzam e se intercomunicam ― organizações do partido, membros de um ou de mais partidos com idêntica sensibilidade política, sindicatos e agremiações profissionais, as formações da elite política e a máquina do Estado que inclui organizações policiais e para-policiais, etc., ― que estão relacionadas de tal modo entre si, que cada um desses centros de poder ou dessas organizações formam uma “fachada numa direcção”, e o “centro noutra direcção”.

Isto significa que o papel “do mundo exterior normalíssimo e corriqueiro do dia-a-dia do partido” é desempenhado por uma das faces, o que dá ao Bloco de Esquerda uma aparência pública vulgar e normal, e até relativamente consentânea com a generalidade dos conceitos do senso-comum ― enquanto que noutra face e/ou nas camadas mais inferiores, o radicalismo extremo vai aumentando à medida que se aproxima do centro da “cebola”. Esse radicalismo bloquista pretende a mudança revolucionária da natureza do ser humano por intermédio de engenharias sociais.

É neste contexto que devemos entender o conceito bloquista de “trabalho reprodutivo”.


Segundo a mesma Hannah Arendt, poderíamos também assumir a distinção de Aristóteles entre “teoria” (especulação), “práxis” (acção), e “poiesis” (fabricação, trabalho): nesta perspectiva, o trabalho seria a actividade humana mais próxima da animalidade, da necessidade biológica em virtude da sua finalidade consistir em satisfazer as nossas necessidades; nesta perspectiva, a lei do trabalho é a reprodução indefinida de objectos e dos actos consumados para os reproduzir, a repetição monótona do ciclo produção-consumo. Esta visão do trabalho está bastante próxima da visão de Karl Marx, segundo a qual “o trabalho é o resultado de um projecto consciente e voluntário, dado que a actividade animal é instintiva”.

O que é espantoso (e nauseabundo) é que o “amor de mãe” (através do conceito de “trabalho reprodutivo”) seja reduzido pelo Bloco de Esquerda a uma “actividade animal”, ao conceito de “trabalho” segundo Karl Marx.

domingo, 7 de janeiro de 2018

A Maria e o contra-factual: “se a minha avó tivesse asas era um Boeing 747”

 

“Todos apontam o dedo à privatização dos CTT como a causa de todos os males. Mas o problema dos CTT não desapareceria com a presença do Estado, pelo contrário, era provável que se agravasse, pois haveria uma inércia para mudar o modelo de negócio, e que mais uma vez seria o Orçamento de Estado a pagar os prejuízos crescentes de uma empresa pública. (Não vale a pena virem com o argumento que os CTT dão lucro desde antes da privatização. Pois essa coisa do lucro tende sempre a cair e a acabar com a quebra das receitas por se manter um modelo de negócio obsoleto. Era apenas uma questão de tempo).”

→ Assina: a Maria do corta-fitas


ctt-logoA blogosfera anda muito pobre. Paupérrima. Não tem classificação possível. Utilizar o contra-factual para justificar uma gestão de uma empresa ao arrepio de contratos previamente firmados, só pode vir de uma mente estupidificada. Mas essa gente vota e tem opinião!

Como parece ser evidente, eu estou longe de ser marxista. Mas não posso estar ao lado de vigaristas que não cumprem os contratos assumidos com o Estado. Os CTT começam a não cumprir o previamente contratualizado com o Estado — esta é a verdade que a Maria pretende esconder.

Se os CTT não podem cumprir o contrato com o Estado, cabe ao Estado acabar com o contrato.

Aliás, a própria sigla “CTT” e o respectivo logótipo fazem parte do contrato que não está a ser cumprido, e a nova empresa privada deve ficar sem a sigla e logótipo que passarão para uma nova empresa a fundar pelo Estado.


Facto:


Desde que os CTT foram privatizados, uma carta pode demorar mais de uma semana a chegar a um destino português. Os correios portugueses são hoje um dos piores da Europa.


Não me interessa saber se os CTT são privados ou são do Estado: o que me interessa é ter um serviço de correios razoável. E o serviço de correios que temos hoje é mau! E se o sector privado não aguenta o negócio, então terá que ser o Estado a garantir um serviço de qualidade aceitável. Ponto final.

E mandemos as ideologias à merda!

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Desta vez concordo com a Helena Damião

 

A Helena Damião cita uma tal Catarina Nunes (não conheço) que escreveu o seguinte no semanário Expresso (não comprei, porque já tenho um bom stock de papel higiénico em casa):

"A teoria que valeu ao norte-americano Richard Thaler o Nobel da Economia de 2017 parte da aceitação de que as pessoas são imperfeitas e pouco capazes de, sem orientação, tomarem as melhores decisões. Por isso, precisam de um estímulo subliminar para seguirem na direcção que mais as beneficia. Na prática, trata-se daquilo que (...) define como "paternalismo libertário", suave e não intrusivo, aplicado a políticas públicas e privadas.

Trata-se do nudge (empurrão ou estímulo) que o professor de Economia e Ciência Comportamental da Universidade de Chicago defendeu no livro Nudge: como melhorar as decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade. De acordo com a teoria deste economista, as escolhas individuais não são bloqueadas ou restringidas, mas enviesadas para opções que mais beneficiam a própria pessoa e a população em geral (...). Outro dos conceitos desenvolvidos é o de "arquitecto da escolha", ou seja, a pessoa ou entidade responsável pela organização do mecanismo que leva as pessoas a tomar a decisão, encontrando a melhor e mais subtil forma de conduzir a um determinado comportamento."

O que está em causa na teoria da Catarina Nunes é a apologia do behaviourismo. “Paternalismo libertário” é um eufemismo de “estimulação pavloviana”. O behaviourismo concebe o ser humano como uma espécie de máquina, destituída de espírito e de liberdade.


Toda a acção cultural (e portanto, política e económica) que não favoreça a formação crítica do ser humano face à Realidade, é negativa.

A educação é exactamente a formação crítica do ser humano, e só nesta dimensão crítica da educação se pode conceber a liberdade. O ser humano é livre porque analisa, e analisa porque desenvolveu um espírito crítico; e a educação existe para desenvolver na criança esse espírito crítico.

Porém, não nos devemos esquecer de que muito daquilo que se constitui como tradição, é produto de uma experiência histórica — a tradição é, em grande parte, o resultado de uma espécie de modus ponens cultural que dispensa uma análise constante e a cada geração que passa.

Neste sentido, e como defende Hannah Arendt (A Crise da Cultura), a educação das nossas crianças deve ser conservadora e protectora, dando-lhes margem de manobra para que, quando forem adultas, possam ser “revolucionárias” à sua própria maneira.

sábado, 21 de janeiro de 2017

O síndroma do “país inviável”: tudo como dantes, no quartel de Abrantes

 

Há uma casta de liberais em Portugal que padece do “síndroma do país inviável”; um deles é Pinto Balsemão (que também nem morre, nem a gente almoça), que afirmou um dia em um programa da SICn que “se Portugal tivesse metade da sua população, seria um país viável” — o que é contraditório, porque teria ainda um mercado menor; mas é assim que os Bilderbergers liberais pensam de Portugal.

TIme Agosto 1975Então ¿o que diríamos da Islândia, que tem uma população de 300 mil habitantes com um PIB per capita de 50 mil US Dollars? ¿Também é um “país inviável”? Ou a Suíça, ¿também é um “país inviável”?

Em consequência do síndroma do “país inviável”, os liberais defendem a ideia segundo a qual “ou o Euro, ou o caos” — sendo que o caos é o “país inviável”. Sem o Euro, o país é inviável (esquecendo-se que a Islândia, ou a Dinamarca, ou a Suíça, por exemplo, não têm Euro).

O liberal Insurgente de serviço é tão idiota que menciona os anos de inflação alta em Portugal sem referir que ela foi devida ao PREC  [Processo Revolucionário em Curso] e aos anos que se lhe seguiram. E depois, fala do Euro como se fosse a antítese da inflação e do PREC  [Processo Revolucionário em Curso] que ele não mencionou. Ou seja, compara alhos com bugalhos.

A instabilidade política em um pequeno país cria instabilidade económica, e cria automaticamente uma desconfiança na moeda desse país; basta isto para criar inflação, porque a moeda vai sendo desvalorizada de modo “deslizante” em função dessa desconfiança política. Mas num país sem instabilidade política — por exemplo, a Dinamarca que também não tem Euro —, a moeda é credível e a inflação é baixa, embora o país seja pequeno.

O problema de Portugal é que tem uma esquerda marxista e radical na ordem dos 30% dos votos (contando com a ala radical do Partido Socialista), e por isso é que o país é inviável. Enquanto não limparmos o sebo à elite dessa tropa, nem sequer o Euro nos salva. E já agora: há que tratar dos patrões analfabetos funcionais que temos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A “putificação” do trabalho

 

“Um trabalhador independente é definido como alguém cujo trabalho preenche três critérios: um elevado grau de autonomia, pagamento por cada tarefa ou venda, e uma relação de curto-prazo com o cliente”.

A economia do futuro pertence aos trabalhadores independentes

Faz falta que o governo comece a exigir pagamento de IRC e de IVA na actividade independente nocturna no Intendente e no Cais Sodré.

puta

terça-feira, 26 de julho de 2016

A “estagnação secular” e a Religião da Humanidade

 

Ontem, em um programa na RTP3, três economistas falaram da “estagnação secular”. Um deles (de Esquerda) fez referência a Karl Marx, e outro (da Não-Esquerda) afirmou que a solução para o problema da estagnação económica é uma (ainda) maior globalização das economias (internacionalização). Vemos como a Esquerda e a Não-Esquerda estão de acordo em pontos essenciais sobre este assunto.

Em ambos os casos (na Esquerda e na Não-Esquerda) verificamos a eliminação do elemento ético nas relações económicas, e a redução de toda a realidade humana à economia.


Segundo Karl Marx (“Ideologia Alemã”), a estagnação da economia deve-se às “relações de propriedade” — que é a relação que existe entre as “forças produtivas” e as “relações de produção”: alegadamente, quando as “forças produtivas” atingem determinado estado de desenvolvimento, “entram em contradição” com as “relações de produção”, e essa “contradição” é a causa da estagnação económica.

Quando os marxistas e os neoliberais reduzem a realidade inteira à economia, simplificam o que é complexo e adoptam um pensamento dogmático que ignora as retroacções da História. A História é vista por eles como sendo linear e progressiva, sem possibilidade de recuperação, por parte da sociedade, de conceitos do passado; e quando esses conceitos retroactores surgem, marxistas e neoliberais adoptam o ad Novitatem, fazendo com que o “novo” nunca possa ter qualquer coisa em comum com o “velho”.

A reacção contra a estagnação secular já se está a fazer sentir. Por exemplo, o Brexit é uma reacção à estagnação económica na União Europeia; a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos também; na Hungria temos o Viktor Orbán com os 12% de IRS universal; fenómenos similares acontecem na Irlanda, na Polónia, na Rep. Checa, ou mesmo na Eslovénia. No Japão, a reacção à estagnação secular é por demais evidente:

“This week, Japan’s Liberal Democratic Party and its coalition partners won a two-thirds majority in the legislature’s upper house, to go along with their two-thirds majority in the lower house. A two-thirds majority is required in each house to begin the process of amending Japan’s constitution. And amending the constitution is one of the central planks in the LDP’s platform”.

Japan’s New Fascism

Os direitos humanos, entendidos em si mesmos como uma política, tende a ser colocada em causa ou questionada. Os Direitos do Homem não são uma Política [Marcel Gauchet, “Le Débat”, 1980].


É neste contexto que surge a imigração aberta e suicida na Europa. É uma fuga para a frente, no sentido errado.

mulher islamica em inglaterra kodachromeAntes de o problema da “estagnação” ser económico — é metafísico, ético, cultural e político. Os “comunistas do mercado” (os neoliberais) e os “comunistas da revolução” (os marxistas) descobriram a vantagem da imigração em massa, e dizem que os resultados são excelentes: ambos pensam que saem a ganhar do negócio da imigração em barda.

A instalação multiculturalista de comunidades de imigrantes acelera a proletarização dos imigrantes, e também reduz os trabalhadores indígenas (os brancos europeus) à antiga condição de proletários: privados da protecção de uma nação coerente, tratados como “suspeitos históricos” pelo poder político controlado pelos “comunistas do mercado” (os neoliberais) e pelos “comunistas da revolução” (os marxistas), os europeus indígenas perdem as suas últimas imunidades comunitárias: transformam-se em uma versão actualizada dos proletários do século XIX, em zômbis em potência.

Esta estratégia de proletarização geral da sociedade convém tanto aos neoliberais como aos marxistas, embora por razões distintas — é aquilo a que eu chamei de sinificação.

Trata-se de uma aliança entre Trotski e Hayek.

O neoliberalismo utiliza os velhos intelectuais marxistas (por exemplo, Francisco Louçã, José Pacheco Pereira, Daniel Oliveira, etc.) que são os seus compagnons de route, e que se transformam no novo clero inquisitorial da Religião da Humanidade (esse novo ópio do povo): uma religião que se baseia nas tábuas da lei dos direitos humanos, ou seja, nos direitos dos zômbis, e que se transformam nos deveres do Homem. A Religião da Humanidade tem os seus dogmas, e o seu braço secular: a União Europeia e os tribunais nacionais e internacionais.

Um dos instrumentos privilegiados de controlo dos zômbis europeus por parte dos “comunistas do mercado” e dos “comunistas da revolução”, é a exploração sistemática do sentimento de culpa colectiva dos europeus: a Victimilogia “virou” ciência, e transformou-se em um sistema de legitimização de uma sociedade pouco legítima.

“A classe que tem o poder material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, a que tem o poder espiritual do dominante” → Karl Marx, “Miséria da Filosofia”

¿Quem detém hoje o Poder espiritual dominante? É a Religião da Humanidade. E repartem entre si o poder material. Trata-se de uma aliança que aparece ao povo como a mistificação de uma cisão política. É a nova “superstrutura” constituída pelos “comunistas do mercado” e pelos “comunistas da revolução” (Karl Marx pode ser útil, mesmo quando é inútil).

terça-feira, 19 de julho de 2016

O José Pacheco Pereira, a Banca portuguesa, e Angola

 

Lembramo-nos das críticas (por exemplo, do José Pacheco Pereira) em relação ao investimento angolano na Banca portuguesa; e agora vemos isto:

FMI aponta os casos de Portugal e de Itália como sendo de risco para a economia mundial até 2017.

O capital angolano era (alegadamente) “podre” e “mau”; e parece que é melhor não haver capital nenhum: é preferível uma Banca falida do que uma Banca com capital angolano. O José Pacheco Pereira deve andar feliz: quanto mais se destrói Portugal, mais ele (e os seus compagnons de route) rejubilam.

sábado, 11 de junho de 2016

A favor da reintrodução de taxas alfandegárias em Portugal

 

1/ Se a perfeita liberdade de mercado consiste em uma completa ausência de influência política na actividade económica, então segue-se que nenhum mercado pode ser livre. Neste sentido literal, a liberdade de mercado é uma utopia.

2/ Não existe nenhuma razão para preferir a liberdade de mercado, senão quando ela patrocina e fomenta o desenvolvimento de uma determinada sociedade. Quando a liberdade de mercado é sinónimo de definhamento da economia de uma nação, não há nenhuma razão objectiva para a adoptar. O PIB português actual não é real porque é baseado em dívida, e a economia portuguesa tem sofrido um definhamento objectivo pelo menos desde a entrada de Portugal no Euro.

3/ A liberdade contratual tem sempre que ter em conta os custos e benefícios das partes nos contratos. As taxas alfandegárias fazem parte desses custos — desde que esses custos sejam iguais para todos e não privilegiem ninguém em particular. Concebidas neste sentido, as tarifas alfandegárias não deformam os preços; e dada a igualdade em todas as transacções, elas não afectarão o consumo de forma a reduzir benefícios.

4/ As taxas alfandegárias não se focam especificamente naquilo que é importado, mas preocupa-se com o facto de que, seja o que for que seja importado, tenha que pagar o preço de entrada no mercado.

5/ A função de qualquer governo é a de estabelecer regras para uma interacção económica e social, e penalizar as infracções. Sem regras, não há jogo económico.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Sobre o salário mínimo nacional

 

Eu penso que, em uma economia saudável, não deveria haver salário mínimo; mas uma economia saudável depende de uma cultura saudável, e esta depende de determinados princípios metafísicos e éticos que se reflectem na política e na economia (por esta ordem). Ora, Portugal não tem essa cultura saudável.

Uma das razões (senão a principal) por que temos cerca de 20% de eleitores que votam no Bloco de Esquerda e no Partido Comunista é a de que temos empresários de merda (em geral, salvo excepções). Ou seja, é a “Direita” que alimenta o “monstro”; são os patrões que, de forma indirecta, impõem o salário mínimo que tanto criticam.

Se fosse possível e legal, a muitos patrões portugueses, não pagar qualquer salário aos trabalhadores, não tenho dúvida que o fariam; há mesmo patrões que exigem que as pessoas paguem para trabalhar. Portanto, em um contexto de empresariado de merda em uma cultura do neolítico, não é possível prescindir do salário mínimo. Infelizmente.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sobre Portugal e o Euro

 

A economia não é uma ciência exacta, ou melhor, não pode ser sujeita literalmente ao método das ciências da natureza — tal como acontece também com as chamadas “ciências sociais”. Obviamente que em economia há estatísticas que permitem estabelecer algumas leis; mas essas estatísticas são feitas no passado, e as variáveis são de tal forma vastas que qualquer previsão económica corre sempre muitos riscos de falhar.

Um Insurgente refere-se aqui a uma entrevista de João Ferreira do Amaral em que este defende a saída de Portugal do Euro.

Europa do Euro 400 webNão há qualquer garantia de que se Portugal permanecer no Euro, ou se Portugal sair do Euro, o nosso país terá um futuro mais risonho.

Permanecer do Euro ou sair dele é uma decisão política — porque as estatísticas de 15 anos de Euro revelam que as vantagens e desvantagens da permanência de Portugal no Euro se equivalem. Já não estamos aqui a falar de economia, mas antes de opções políticas e, obviamente, ideológicas.

João Ferreira do Amaral mencionou alguns factos (e contra factos não há argumentos). Por exemplo, com Portugal no Euro a crescer entre 1% e 1,5%, o país não tem viabilidade; é um país que não tem futuro. Este é um facto matematicamente verificável, em função do valor da dívida total do país. Quem defende, ainda assim, a permanência de Portugal no Euro, toma uma opção política, e não económica: sacrifica determinados valores para beneficiar outros valores.

Por outro lado, também não há quaisquer garantias de que, saindo Portugal do Euro, Portugal começaria automaticamente a crescer 3% por ano, permitindo assim o pagamento da dívida e juros, o decréscimo do desemprego e a sustentabilidade das despesas do Estado. Mas a experiência demonstra-nos que a permanência de Portugal no Euro levou ao endividamento e à descapitalização da economia portuguesa. Isto são factos. Porém, a experiência demonstra-nos que o soberanismo, entendido apenas isoladamente e sem uma renovação cultural, não é garantia de crescimento económico (como podemos ver no actual Brasil de Dilma).

Permanecer no Euro ou sair dele é escolher entre dois males — porque não há qualquer garantia de que cada um deles funcione para um melhor Portugal futuro. É uma decisão política que esta geração de políticos terá que assumir, para o bem ou para o mal de Portugal, e que ficará para a História.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Assobiar e chupar cana

 

O BCE [Banco Central Europeu] pretende que os Bancos assobiem e chupem, ao mesmo tempo. O dinheiro não circula, porque os custos potenciais de circulação do dinheiro são superiores ao prejuízo de ter o dinheiro parado.

Por exemplo, eu prefiro ter um carro usado do que vendê-lo a crédito ao mendigo profissional que me pede uma moeda na rua: o prejuízo de ver o meu carro desvalorizar com a passagem do tempo é inferior ao prejuízo potencial de vendê-lo a quem eu penso que não o pode pagar.

Imaginemos um cano de água na nossa cozinha: tem um furo, e pinga água. Por mais água que metamos no cano, o furo não deixa de pingar. Ou seja, injectar mais dinheiro no sistema monetário não resolve o problema que o estrangula.

Imaginemos, também, caro leitor, que V. Exª acredita que o dinheiro valerá no futuro o mesmo que vale hoje; ou seja, tem a certeza de que a economia não muda. V. Exª seria estúpido se poupasse ou se investisse o seu dinheiro na economia real — porque se o dinheiro vale hoje o mesmo que valerá certamente amanhã, o mote será o carpe Diem: “bota e vira” a gastar! Ou seja, em vez de criar riqueza, o dinheiro destrói a economia e a possibilidade de criação de riqueza.

¿Qual a solução para o problema?

Este problema do Euro tem que ser resolvido nível nacional, em cada país do Euro. Não há “uma solução para todos”. A Finlândia, por exemplo, começa a discutir a sua permanência no Euro, porque esse país está em recessão há quatro anos seguidos; como não pode desvalorizar o Euro, a Finlândia está a cortar nos salários como forma de equilibrar a sua competitividade nas exportações.

Em Portugal, a situação é mais complicada. A saída do Euro (sem alívio da dívida) levaria a um novo PREC [Processo Revolucionário em Curso] elevado ao cubo, e possivelmente a um golpe-de-estado.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Os liberais querem a eutanásia da Banca portuguesa

 

Em média, nos países da União Europeia, 80% da Banca pertence a nacionais desses países. Mas em Portugal, apenas 67% da Banca pertence a nacionais. E os liberais de pacotilha pretendem que a Banca portuguesa se reduza à Caixa Geral de Depósitos (até ver!), ou seja, a 25% de propriedade nacional.

Os liberais portugueses são suicidários por natureza. Aceitam que os liberais alemães, por exemplo, defendam a nacionalidade da sua Banca, ao mesmo tempo que defendem mesmo a alienação da Caixa Geral de Depósitos.