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sábado, 4 de março de 2023

A Hungria não se integra na Europa

Até há muito pouco tempo, eu fui um apoiante indefectível de Viktor Órban — mas não tanto do seu (dele) partido político, o Fidesz; mas já não sou.

Eu tenho seguido as opiniões de Viktor Órban nas redes sociais e nos jornais internacionais. As suas (dele) posições políticas actuais são aviltantes e repugnantes.

O envolvimento político / retórico de Orbán na guerra da Ucrânia tem como objectivo:

  1. dividir a União Europeia nas suas posições em relação à Rússia; o apoio de Viktor Órban ao expansionismo russo é claríssimo (“Em política, o que parece, é”).
  2. mudar o eixo da política europeia (mudar o “fuso horário”), de Londres/Paris, para Berlim/Moscovo, fazendo com que Budapeste assuma um papel central na nova economia política;
  3. dividir os países da NATO no seu apoio à Ucrânia;
  4. anular qualquer tipo de influência dos Estados Unidos na União Europeia, colocando a Europa militarmente à mercê da Rússia;

Podemos aceitar, obviamente, que o Viktor Órban defenda aquilo que ele pensa serem os interesses da Hungria; o que ele não pode fazer — mas não pode mesmo! — é defender os alegados “interesses da Hungria” sacrificando os interesses de outros países — seguindo o exemplo da Rússia de Putin —, nomeadamente os interesses de auto-defesa da Ucrânia.

O que está a acontecer na Hungria de Orbán é extraordinário! — a União Europeia e a NATO deixaram entrar no seu seio uma “Quinta Coluna” de Putin! E Viktor Órban mantém-se activo nas redes sociais, lançando a dúvida sistemática acerca da real legitimidade da defesa da Ucrânia, pedindo para “compreendermos Putin” (sic), afirmando que os Estados Unidos devem sair da NATO — mas nem uma palavra acerca do assassinato de Boris Nemtsov, por exemplo.

Viktor Órban é o branqueador oficial de Putin, uma espécie de “OMO lava mais branco” do regime russo. As atrocidades do regime russo passam ao lado de Orbán, como se não existissem.

Chegou a hora de a União Europeia e a NATO reflectirem acerca do que significa ter a Hungria de Orbán no seu seio; e chegou a altura de o partido CHEGA esclarecer as suas relações com o partido Fidesz de Viktor Órban.

chega fidesz web

quarta-feira, 6 de abril de 2022

O povo húngaro votou mal, e por isso a União Europeia vai puni-lo


Segundo a Ursula von der Leyen (na foto em baixo, à esquerda), o povo húngaro votou em Viktor Órban e por isso votou mal.

Para a União Europeia, a democracia só é válida quando os povos votam de acordo com os interesses globalistas do leviatão europeu.

Apesar de Viktor Órban ter ganho massivamente as eleições — e com garantia de validade in loco de observadores da OSCE — contra uma coligação heterogénea nitidamente apoiada pela União Europeia e financiada por George Soros, a presidente não-eleita da União Europeia decidiu (com a validação dos deputados do “paralamento” europeu) punir o povo húngaro alegadamente por “violação dos princípios do Estado de Direito”.

Para a União Europeia, “votar mal” significa “violação dos princípios do Estado de Direito”.


eu-never-leave-WEB

quinta-feira, 10 de junho de 2021

sábado, 31 de agosto de 2019

Viktor Órban, o primeiro-ministro da Hungria, esteve no santuário de Fátima


O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, esteve há poucos dias no santuário de Fátima.


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Os me®dia portugueses calaram a visita, e um primeiro-ministro de um país da União Europeia (a Hungria) não foi sequer recebido por um qualquer membro do governo português (nem que ele fosse recebido por um qualquer sub-secretário-de-estado!).

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

quarta-feira, 11 de abril de 2018

terça-feira, 10 de abril de 2018

O 'liberalismo' português que estrangula a liberdade

 

Uma gaja que dá pelo nome de Diana Soller escreveu um artigo no sítio da Não-esquerda que é Observador. O título do artigo é o seguinte: Hungria: o Inverno do nosso descontentamento”. Resumindo o artigo, a gaja defende a ideia segundo a qual “não existe democracia na Hungria porque o povo húngaro não votou de acordo com as ideias dela”.

merkel-hungary-web

Quando a democracia não agrada aos estúpidos, deixa de ser democracia. Caímos já no grau zero da inteligência.

Esta gentalha é a grande responsável pela crise que atravessa a liberdade de expressão em todo o mundo ocidental. Estes “democratas” de meia-tigela inventam os males que denunciam para justificar o putativo bem que proclamam. Razão teria talvez o Nicolás Gómez Dávila quando dizia que “a democracia liberal é o regime em que a democracia corrói a liberdade antes de estrangulá-la”.

¿O que é que a gaja pretende dizer com “regime liberal”?

Diz a gaja que o PM húngaro, Viktor Órban, conseguiu uma maioria (através do voto do povo, obviamente), o que lhe permitiu (nas palavras da gaja) “alterar a Constituição para um modelo muito pouco liberal e acentuadamente nacionalista”.

Em primeiro lugar, teríamos que saber qual é a gradação do modelo liberal que permite a categorização de “mais” ou “menos liberal”. Depois teríamos que saber se “ser nacionalista” é antitético do “modelo liberal”. A julgar pelas palavras da gaja, parece que  “liberalismo” é incompatível com “patriotismo”.

As acusações implícitas da gaja, segundos as quais “o Poder Judicial e a Comunicação Social são menos independentes na Hungria do que o são em Portugal”, são vergonhosamente falsas. Falsas!

A verdade é que, segundo a opinião das gajas da democracia portuguesa dita “liberal”, a Comunicação Social tem que estar a soldo dos Bilderbergers, dos Balsemões, Soros e dos globalistas e outros figurões, e os tribunais portugueses respondem sub-repticiamente perante o poder político, como é fácil de verificar.

Criticar os alegados males dos outros, quando temos um sistema político pútrido, não lembra ao careca; mas como as gajas não são carecas, lembra-lhes tudo e mais alguma coisa...!


Num país, como é o caso da Hungria, em que existe um imposto único (IRS) de 15% (o mesmo imposto para toda a gente, e por isso é que é “único”), e vem aquela gaja dizer que  a Hungria é um país “menos liberal” do que Portugal onde a carga média de impostos já roça os 40% do PIB!

Quando o governo húngaro baixa os impostos, a gaja “liberal” considera que esse governo não é “liberal” e é “nacionalista e populista”.

Desde que as gajas se meteram a comentar a política que a inteligência desertou!

Para a gajada nacional, ser “liberal” é ter uma dívida pública de cerca de 130% do PIB e uma dívida nacional obscena — como acontece em Portugal; ser liberal é prestar vassalagem à plutocracia globalista internacionalista que substituiu o Trotskismo.

E como a Hungria tem um dívida pública de 73% do PIB, a gajada dita “liberal” acha que a Hungria é uma democracia “menos liberal” porque não deve muito dinheiro aos plutocratas globalistas.

Estranho “liberalismo” esse, o português, em que ser “liberal” é sinónimo de “ter que pagar muitos impostos” e “ter uma dívida nacional astronómica”.

É o “liberalismo” do putedo nacional que faz do Estado o seu marido.

terça-feira, 26 de julho de 2016

A “estagnação secular” e a Religião da Humanidade

 

Ontem, em um programa na RTP3, três economistas falaram da “estagnação secular”. Um deles (de Esquerda) fez referência a Karl Marx, e outro (da Não-Esquerda) afirmou que a solução para o problema da estagnação económica é uma (ainda) maior globalização das economias (internacionalização). Vemos como a Esquerda e a Não-Esquerda estão de acordo em pontos essenciais sobre este assunto.

Em ambos os casos (na Esquerda e na Não-Esquerda) verificamos a eliminação do elemento ético nas relações económicas, e a redução de toda a realidade humana à economia.


Segundo Karl Marx (“Ideologia Alemã”), a estagnação da economia deve-se às “relações de propriedade” — que é a relação que existe entre as “forças produtivas” e as “relações de produção”: alegadamente, quando as “forças produtivas” atingem determinado estado de desenvolvimento, “entram em contradição” com as “relações de produção”, e essa “contradição” é a causa da estagnação económica.

Quando os marxistas e os neoliberais reduzem a realidade inteira à economia, simplificam o que é complexo e adoptam um pensamento dogmático que ignora as retroacções da História. A História é vista por eles como sendo linear e progressiva, sem possibilidade de recuperação, por parte da sociedade, de conceitos do passado; e quando esses conceitos retroactores surgem, marxistas e neoliberais adoptam o ad Novitatem, fazendo com que o “novo” nunca possa ter qualquer coisa em comum com o “velho”.

A reacção contra a estagnação secular já se está a fazer sentir. Por exemplo, o Brexit é uma reacção à estagnação económica na União Europeia; a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos também; na Hungria temos o Viktor Orbán com os 12% de IRS universal; fenómenos similares acontecem na Irlanda, na Polónia, na Rep. Checa, ou mesmo na Eslovénia. No Japão, a reacção à estagnação secular é por demais evidente:

“This week, Japan’s Liberal Democratic Party and its coalition partners won a two-thirds majority in the legislature’s upper house, to go along with their two-thirds majority in the lower house. A two-thirds majority is required in each house to begin the process of amending Japan’s constitution. And amending the constitution is one of the central planks in the LDP’s platform”.

Japan’s New Fascism

Os direitos humanos, entendidos em si mesmos como uma política, tende a ser colocada em causa ou questionada. Os Direitos do Homem não são uma Política [Marcel Gauchet, “Le Débat”, 1980].


É neste contexto que surge a imigração aberta e suicida na Europa. É uma fuga para a frente, no sentido errado.

mulher islamica em inglaterra kodachromeAntes de o problema da “estagnação” ser económico — é metafísico, ético, cultural e político. Os “comunistas do mercado” (os neoliberais) e os “comunistas da revolução” (os marxistas) descobriram a vantagem da imigração em massa, e dizem que os resultados são excelentes: ambos pensam que saem a ganhar do negócio da imigração em barda.

A instalação multiculturalista de comunidades de imigrantes acelera a proletarização dos imigrantes, e também reduz os trabalhadores indígenas (os brancos europeus) à antiga condição de proletários: privados da protecção de uma nação coerente, tratados como “suspeitos históricos” pelo poder político controlado pelos “comunistas do mercado” (os neoliberais) e pelos “comunistas da revolução” (os marxistas), os europeus indígenas perdem as suas últimas imunidades comunitárias: transformam-se em uma versão actualizada dos proletários do século XIX, em zômbis em potência.

Esta estratégia de proletarização geral da sociedade convém tanto aos neoliberais como aos marxistas, embora por razões distintas — é aquilo a que eu chamei de sinificação.

Trata-se de uma aliança entre Trotski e Hayek.

O neoliberalismo utiliza os velhos intelectuais marxistas (por exemplo, Francisco Louçã, José Pacheco Pereira, Daniel Oliveira, etc.) que são os seus compagnons de route, e que se transformam no novo clero inquisitorial da Religião da Humanidade (esse novo ópio do povo): uma religião que se baseia nas tábuas da lei dos direitos humanos, ou seja, nos direitos dos zômbis, e que se transformam nos deveres do Homem. A Religião da Humanidade tem os seus dogmas, e o seu braço secular: a União Europeia e os tribunais nacionais e internacionais.

Um dos instrumentos privilegiados de controlo dos zômbis europeus por parte dos “comunistas do mercado” e dos “comunistas da revolução”, é a exploração sistemática do sentimento de culpa colectiva dos europeus: a Victimilogia “virou” ciência, e transformou-se em um sistema de legitimização de uma sociedade pouco legítima.

“A classe que tem o poder material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, a que tem o poder espiritual do dominante” → Karl Marx, “Miséria da Filosofia”

¿Quem detém hoje o Poder espiritual dominante? É a Religião da Humanidade. E repartem entre si o poder material. Trata-se de uma aliança que aparece ao povo como a mistificação de uma cisão política. É a nova “superstrutura” constituída pelos “comunistas do mercado” e pelos “comunistas da revolução” (Karl Marx pode ser útil, mesmo quando é inútil).

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A União Europeia tornou-se em um instrumento de repressão política

 

A União Europeia pretende estabelecer uma multa de 250.000 Euros por cada imigrante que um qualquer país recuse acolher. Isto significa que a Comissão Europeia pretende penalizar a Hungria em 500 milhões de Euros, e a Polónia em 1,6 mil milhões de Euros, só porque estes dois países recusam receber imigrantes islâmicos.

Estabelece-se assim um princípio perigoso. Nada impede que, no futuro, a União Europeia imponha uma multa, por exemplo, de 1 milhão de Euros por cada soldado que um determinado país recuse enviar para uma guerra qualquer que seja do interesse exclusivo dos países do directório (Alemanha e França).

Quando entramos na União Europeia, sabíamos que não havia almoços grátis; mas o que acontece hoje, é que não só os almoços não são grátis, como também já nos dizem qual é o tipo de dieta que temos que seguir. E qualquer dia proíbem-nos de comer.

domingo, 20 de março de 2016

A Direita portuguesa deveria seguir a Hungria na política de natalidade

 

O “faxistaViktor Órban implementou na Hungria — onde a taxa de IRS é única e universal, de 14% — algumas medidas a favor da natalidade que deveriam ser seguidas pela “direita” portuguesa:

  • se um avô ou avó cuidam dos netos enquanto os pais trabalham, têm direito a uma prestação social (adicional) equivalente a uma pensão mínima de velhice;
  • os patrões que empreguem pais que tenham pelo menos 3 filhos ficam isentos de prestações sociais (a “taxa única”) durante três anos (em relação a esses pais, obviamente), e depois ficam sujeitos a uma taxa única de 14% em vez da taxa normal de 27% durante os dois anos seguintes;
  • o pai ou a mãe têm direito, durante os primeiros três anos da criança nascida, ao trabalho em tempo parcial (part-time);
  • o Estado deposita a prazo em um Banco, e em nome da criança, um determinado valor que acumulará juros até poder ser levantado quando a criança tiver 18 anos;
  • ¼ das despesas com a criança (saúde, educação, etc.) são deduzidas em sede de IRS — para além dos normais incentivos fiscais em vigor no governo português de Passos Coelho e que o António Costa eliminou;
  • 32.000 Euros supridos (oferecidos) pelo Estado para aquisição ou obras em habitação própria, a famílias que se comprometam a ter pelo menos 3 filhos nos 10 anos seguintes.

A “direita” portuguesa não pode deixar de olhar e analisar o que se passa na Hungria de Viktor Órban; a alternativa é continuar submetida à Esquerda.

Discurso do primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, em 15 de Março de 2016

 

Assino por baixo (com as duas mãos).

 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Viktor Orbán e a União Europeia

 

“A construção da Europa não é uma utopia: é qualquer coisa de muito concreto que pretende preservar a paz. A ideia da unidade europeia nasceu precisamente em resposta às utopias perigosas que falharam no século XX.”

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria

Segundo Viktor Orbán, a União Europeia deve ser uma Europa das nações, em que os pequenos países têm um papel fundamental. Os valores mais importantes da Europa são as nações: na Europa, as nações são a realidade e os Estados Unidos da Europa são uma utopia. Ou seja, os euro-federalistas [como, por exemplo, os socialistas e os sociais-democratas portugueses] são utópicos.

Viktor Orbán afirma que a União Europeia não se pode afastar dos Estados membros e dos seus cidadãos, porque somos membros de uma comunidade de valores de uma cultura de raízes cristãs.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Depois de Boisguilbert e Adam Smith, só nos resta hoje a entropia do capitalismo (por culpa própria)

 

Eu escrevi um verbete com o título “A expansão da “ideologia de mercado” tem que ser travada”; mas isso não significa que eu seja contra o capitalismo e/ou contra o mercado. Pelo contrário, sou a favor do verdadeiro capitalismo, que não é o actual.

Olhemos para o exemplo da Hungria, que é um país capitalista que tem um imposto único e universal (IRS) de 16%, e tem a palavra “Deus” inscrita na sua Constituição.

O leitor Horta Nobre deixou o seguinte comentário no referido verbete: “Talvez os fisiocratas nos possam dar uma ajudinha”.

Vamos ver (como diz o cego): aquilo que se convencionou chamar hoje de “neoliberalismo” já não é o liberalismo de Boisguilbert, dos fisiocratas (por exemplo, Quesnay) e de Adam Smith (por ordem cronológica de evolução ideológica). Vou transcrever a tradução de um trecho de Boisguilbert (“Dissertation de la nature des richesses de l'argent et des tributs” – 1707, pág. 986):

domingo, 16 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

As duas “extremas-direitas” da Europa

 

Existem na Europa pelo menos dois tipos de “extrema-direita”: a que corresponde ao partido de Marine Le Pen (a Front Nationale francesa), e a que corresponde o Fidesz (partido conservador húngaro).

O partido de Marine Le Pen é laicista [ver laicismo ] e chega mesmo a ser hostil à Igreja Católica, é estatista (defende um Grande Estado leviatão) e eticamente neutro (defensor do Direito Positivo separado do Direito Natural), como podemos ver nestas declarações de Marine Le Pen a favor do aborto. Ou seja, de facto, é um erro alguém dizer que a Front Nationale é de “direita”: trata-se de um partido revolucionário e de uma certa esquerda (o nazismo era estatista, e por isso de esquerda).

O partido conservador húngaro FIDESZ condena claramente o aborto e implementou leis de restrição dessa prática. Na economia, o Fidesz é contra o Super-Estado; por exemplo, existe um imposto único sobre o rendimento de 16% para todos os cidadãos, independentemente de serem mais ricos ou mais pobres. De facto, o Fidesz também não se pode considerar de “extrema-direita”, a não ser que a protecção da vida humana, por um lado, e o repúdio em relação a um Estado leviatão, por outro lado, sejam características da “extrema-direita”.

Entre um e outro, eu optaria pelo segundo sem qualquer hesitação.