sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

As duas “extremas-direitas” da Europa

 

Existem na Europa pelo menos dois tipos de “extrema-direita”: a que corresponde ao partido de Marine Le Pen (a Front Nationale francesa), e a que corresponde o Fidesz (partido conservador húngaro).

O partido de Marine Le Pen é laicista [ver laicismo ] e chega mesmo a ser hostil à Igreja Católica, é estatista (defende um Grande Estado leviatão) e eticamente neutro (defensor do Direito Positivo separado do Direito Natural), como podemos ver nestas declarações de Marine Le Pen a favor do aborto. Ou seja, de facto, é um erro alguém dizer que a Front Nationale é de “direita”: trata-se de um partido revolucionário e de uma certa esquerda (o nazismo era estatista, e por isso de esquerda).

O partido conservador húngaro FIDESZ condena claramente o aborto e implementou leis de restrição dessa prática. Na economia, o Fidesz é contra o Super-Estado; por exemplo, existe um imposto único sobre o rendimento de 16% para todos os cidadãos, independentemente de serem mais ricos ou mais pobres. De facto, o Fidesz também não se pode considerar de “extrema-direita”, a não ser que a protecção da vida humana, por um lado, e o repúdio em relação a um Estado leviatão, por outro lado, sejam características da “extrema-direita”.

Entre um e outro, eu optaria pelo segundo sem qualquer hesitação.

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