domingo, 7 de janeiro de 2018

A Maria e o contra-factual: “se a minha avó tivesse asas era um Boeing 747”

 

“Todos apontam o dedo à privatização dos CTT como a causa de todos os males. Mas o problema dos CTT não desapareceria com a presença do Estado, pelo contrário, era provável que se agravasse, pois haveria uma inércia para mudar o modelo de negócio, e que mais uma vez seria o Orçamento de Estado a pagar os prejuízos crescentes de uma empresa pública. (Não vale a pena virem com o argumento que os CTT dão lucro desde antes da privatização. Pois essa coisa do lucro tende sempre a cair e a acabar com a quebra das receitas por se manter um modelo de negócio obsoleto. Era apenas uma questão de tempo).”

→ Assina: a Maria do corta-fitas


ctt-logoA blogosfera anda muito pobre. Paupérrima. Não tem classificação possível. Utilizar o contra-factual para justificar uma gestão de uma empresa ao arrepio de contratos previamente firmados, só pode vir de uma mente estupidificada. Mas essa gente vota e tem opinião!

Como parece ser evidente, eu estou longe de ser marxista. Mas não posso estar ao lado de vigaristas que não cumprem os contratos assumidos com o Estado. Os CTT começam a não cumprir o previamente contratualizado com o Estado — esta é a verdade que a Maria pretende esconder.

Se os CTT não podem cumprir o contrato com o Estado, cabe ao Estado acabar com o contrato.

Aliás, a própria sigla “CTT” e o respectivo logótipo fazem parte do contrato que não está a ser cumprido, e a nova empresa privada deve ficar sem a sigla e logótipo que passarão para uma nova empresa a fundar pelo Estado.


Facto:


Desde que os CTT foram privatizados, uma carta pode demorar mais de uma semana a chegar a um destino português. Os correios portugueses são hoje um dos piores da Europa.


Não me interessa saber se os CTT são privados ou são do Estado: o que me interessa é ter um serviço de correios razoável. E o serviço de correios que temos hoje é mau! E se o sector privado não aguenta o negócio, então terá que ser o Estado a garantir um serviço de qualidade aceitável. Ponto final.

E mandemos as ideologias à merda!

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