quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O murcon e a violência doméstica

 

O murcon transcreve um artigo do semanário Sol sem comentários, ou seja, assina por baixo o conteúdo do artigo do Sol sem se comprometer (“com um vestido preto, nunca me comprometo”). O artigo transcrito pelo murcon não refere a violência física doméstica dos gays (1 em 4 gays são agredidos física- e regularmente pelos seus pares, e vice-versa), e o murcon também não refere esse facto, o que também é muito conveniente — não vá acontecer que o murcon deixe de ser o Curandeiro da RDP. Criticar o comportamento dos gays dá despedimento com justa causa nos me®dia.

O politicamente correcto é como os burros: colocam-lhes uns antolhos e só vêem o que querem que eles vejam.

julio machado vaz webDesde logo, o murcon assina por baixo, sem comentários, que se misture a violência psicológica (os insultos, as difamações), por um lado, com a violência física, por outro lado. Quem ler o artigo fica com a ideia de que é a mesma coisa — independentemente dos efeitos subjectivos diferentes que possam causar os dois tipos de violência —, e o murcon assina por baixo sem comentários.

Estudos feitos em Espanha revelam que 37% das vítimas de violência doméstica em 2011 foram homens e 63% foram mulheres, embora não tenha ficado claro quantas delas foram agredidas por outras mulheres.

Mas o murcon assina por baixo um artigo politicamente correcto que defende a ideia de que o homem português é mais violento do que o homem espanhol — não vá acontecer que contrato de Curandeiro da RDP  não lhe seja renovado!

Colocar em estatísticas (alegadamente, para se poder prever o futuro) o comportamento humano é a maior estupidez que se pode conceber — mas o murcon assina por baixo, porque lhe interessa ideologicamente que a mulher seja a vítima eterna, e os gays também e por isso é que não se lhes refere o artigo: é o conceito de tolerância repressiva de Marcuse que o murcon assina por baixo —, porque não é possível medir a subjectividade humana através de um determinado comportamento que pode ser momentâneo e raro, ou mesmo único na vida de um indivíduo.

Confundir psicopatia, por um lado, com um acto que pode ser atributo de um momento dramático, por outro  lado, faz parte das estatísticas laboriosamente elaboradas pelas chamadas “ciências sociais” para fazer a prova da merda da cultura ocidental capitalista.

Agora já não se pode colocar os filhos de castigo; não é politicamente correcto:

“Nas famílias portuguesas, de acordo com os dados recolhidos, são também comuns as atitudes coercivas: do total de inquiridos, 33% assistiu a um dos elementos do agregado familiar a ser proibido de sair de casa e 14% registou alguém a ser obrigado a trabalhar arduamente.”

Já não se trata apenas da bofetada: não se pode impôr qualquer castigo aos meninos e às meninas! Não é politicamente correcto!  Castigar um filho ou filha é violência doméstica que “se transmite geracionalmente”! Eles e elas podem fazer o que quiserem, porque o murcon assina por baixo!

¿E qual a solução para o problema que o murcon assina por baixo? É a lobotomia das crianças na escola através da ideologia de género. É isso que significa “apostar na formação na escola”.

Esta gente não percebeu Hannah Arendt quando ela escreveu que a educação na escola deve ser conservadora porque a geração do murcon não tem o direito de tolher o direito das novas gerações a desenharem o seu próprio destino, sem a interferência das ideologias dos adultos. Essa gentalha não se dá conta de que quanto mais se aplica a lobotomia da ideologia de género, mais as crianças se afastam de uma sexualidade saudável e da compreensão e valorização das características naturais de cada um dos sexos.

Mas o Curandeiro da RDP trata da sua (dele) vidinha e assina por baixo sem deixar impressões digitais. Quem vier atrás que apague as luzes.

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