segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Os dois anti-tradicionalismos da modernidade

 

A modernidade (que inclui a actualidade) é constituída por dois tipos de anti-tradicionalismo: aquele que pretende reificar o passado no presente, e aquele que vê na mudança a reificação do futuro no presente.

budapesteNo primeiro caso temos os radicais islâmicos da I.S.I.S., ou novo califado; e, no segundo caso temos o politicamente correcto ocidental que, em nome da “igualdade”, ataca a essência do ser humano através da proliferação da homossexualidade e da Ideologia de Género, e com repercussões na base fundamental da sociedade que é a família.

Tanto o primeiro como o segundo anti-tradicionalismos não têm em consideração as qualidades intemporais do ser humano que não se restringem a uma época, a circunstâncias particulares ou a um qualquer estilo de vida. Mas a verdade é que, assim como não é possível “apagar” o passado, também não é possível retornar a ele.

Estes dois anti-tradicionalismos recusam o presente. O primeiro anti-tradicionalismo procura construir o futuro tentando trazer o passado de volta ao presente (o que é impossível!), e o segundo anti-tradicionalismo procura construir o futuro fazendo tábua rasa do passado.

O tradicionalismo, propriamente dito, aceita o presente como continuidade histórica, mas baseia-se na essência intemporal e transcendente do ser humano, nos conceitos de pátria, família e identidade.  Este tradicionalismo praticamente já não existe a Ocidente, mas poderá ser encontrado em países europeus mais a leste que, tendo sofrido a opressão do comunismo durante décadas, conseguem hoje reconciliar o passado e o presente, e com eles construir o futuro.

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