O último DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) tentou retirar a pedofilia da lista das doenças mentais.
Perante protestos de várias áreas da sociedade americana, a APA (Associação Americana de Psiquiatria) foi pressionada a manter a pedofilia como doença mental (parafilia); mas passou a considerar a pedofilia como uma “orientação sexual”.
Vem desta classificação, por parte da “ciência”, da pedofilia como “orientação sexual”, que a APA (Associação Americana de Psiquiatria) sentiu a necessidade de distinguir o agressor sexual, por um lado, do pedófilo, por outro lado, elaborando em uma série de sofismas que se baseiam na relação do predador sexual com a vítima.
Em função desta categorização distinta — entre pedofilia e agressão sexual — que se baseia no comportamento (behaviourismo) do agressor sexual, mas que relega para um segundo plano as circunstâncias (o contexto) em que o crime é praticado (“um agressor sexual que não viva na família é pedófilo; um agressor sexual que viva na família já não é pedófilo”), fazendo crer que o pedófilo não faz parte da família da vítima mas que o agressor sexual já faz parte dela — a psiquiatria politicamente correcta passou a considerar a pedofilia como uma “orientação sexual”, por um lado, e por outro lado, considera o agressor sexual que actua na família como não pertencendo geralmente à categoria dos pedófilos — o que é uma falácia politicamente correcta que tende a branquear a chamada “orientação sexual” pedófila.
O argumento principal da ciência politicamente correcta é o seguinte: o agressor sexual (o tal que vive no seio da família) demonstra uma agressão continuada ao longo do tempo; o pedófilo apenas procura uma criança de uma determinada idade, e passando essa idade de preferência, o pedófilo perde o interesse na criança.
Parece-nos óbvio e lógico que o comportamento do pedófilo acima descrito tem a ver exactamente com a circunstância de não viver no seio da família da criança — e por isso não existe agressão sexual continuada, porque o controlo sobre a criança é mais precário por parte de quem vive fora do seio familiar. Isto induz o público a acreditar que não há pedófilos no seio da família e que nesta apenas há “agressores sexuais” (a tal distinção falaciosa que a ciência politicamente correcta faz).
Outro argumento é o de que, sendo a pedofilia uma “orientação sexual”, o pedófilo tem uma atracção sexual exclusiva por crianças — o que é outra falácia da ciência politicamente correcta para justificar o estatuto de “orientação sexual” para a pedofilia. Os casos de pedófilos casados e com filhos, que não agridem sexualmente os seus próprios filhos mas os dos outros, são tantos e documentados que é impossível ignorá-los.
Em suma: existe uma agenda política para despenalizar criminalmente a pedofilia. É no contexto dessa agenda política que se escreve isto e isto. E se não é, parece; e “em política, o que parece, é!”.
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