sexta-feira, 8 de maio de 2015

O aborto de um feto de cinco meses e a irracionalidade das elites

 

“Na realidade, havia outras hipóteses, não tão gravosas do ponto de vista ético e igualmente exequíveis: pelo menos uma instituição de solidariedade social ofereceu-se, em tempo útil, para receber a mãe violada e o respectivo filho.”

No rescaldo da polémica (pelo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada)

Mesmo que não se quisesse levar a gravidez até ao seu fim alegando a “saúde psíquica da mãe”, abriram cirurgicamente a mãe-criança de 12 anos para abortar o feto de 5 meses de gestação; ¿por que razão não a abriram duas semanas depois para manter o feto vivo em uma incubadora, uma vez que o feto, com 24 semanas de gestação, já tinha pelo menos 50% de possibilidade de sobrevivência? (para depois dar a criança nascida para adopção). ¿Por que é que não se fez um esforço para salvar o nascituro e simultaneamente “defender a saúde psíquica” da mãe-criança?

A resposta só pode ser uma: a urgência da afirmação política — das elites em relação à cultura antropológica — de que o mal deve prevalecer.

Aqui, neste caso, o mal deve ser entendido como a negação irracional da excepcionalidade da vida humana defendida por todas as religiões universais, a ver: Budismo, Hinduísmo, Islão, Judaísmo, Cristianismo, Siquismo, Bahá'ís.

nascituro-5mesesO acto de abortar um feto de 5 meses foi um acto gratuito perpetrado por uma elite que funciona em roda livre e sem censura legal, afirmando na sociedade uma liberdade total contra toda a moral e mesmo contra a Razão.

As elites de uma sociedade procederão melhor quando dependam de uma população virtuosa, do que de uma indiferente a considerações morais — assim como serão melhores em uma comunidade onde os seus crimes possam ser vastamente conhecidos do que em outra onde as elites controlem uma censura estrita.

Ora, vivemos em uma sociedade em que um primeiro-ministro (José Sócrates) andou anos a fio a roubar o Estado sem que o povo soubesse, e foi preciso um juiz corajoso e católico para que o caso fosse levado à justiça.

É neste país que um feto de 5 meses é morto ainda que pudesse ser colocado em uma incubadora duas semanas depois e salva a sua vida. Trata-se da afirmação positiva da banalidade do mal, em uma sociedade em que a população deixou de ser virtuosa e merece não só o José Sócrates como primeiro-ministro, como tudo o mais que vier por aí.

O mal, através das elites que temos, instalou-se na sociedade portuguesa e sente-se perfeitamente à vontade. Parece que é imparável. Parece que ninguém o detém. Parece invencível, como os dinossauros desaparecidos.

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