quarta-feira, 13 de maio de 2015

Os "católicos fervorosos" e o ataque ad Hominem

 

As minhas críticas ao "papa Francisco" começaram logo depois do golpe-de-estado no Vaticano e com o cisma esquerdista na Cúria romana. Naquela altura, os "católicos fervorosos" não aceitavam qualquer crítica ao "papa Francisco", e como vemos aqui, utilizaram expedientes retóricos para dissolver quaisquer críticas razoáveis ao "papa Francisco".

Por exemplo, diziam que eu teria dito que “Jesus Cristo não é Deus”, quando o que eu disse é que “Jesus Cristo não é O Deus”. Retiraram o “O” da equação. É tempo agora de voltar ao assunto, uma vez que só um burro ainda não viu quem é o "papa Francisco".

Se a Igreja Católica tem que fazer reformas, como defende o "papa Francisco" e o Frei Bento Domingues, terá que as fazer na doutrina e não na prática política como defendem os "católicos fervorosos" com a teoria do Aquecimento Global Antropogénico adoptada pelo "papa Francisco".

O catecismo da Igreja Católica é claro: na alínea 689 diz explicitamente que “a fé da Igreja professa também a distinção das Pessoas”.

As pessoas são distintas. Portanto, afirmar que “Jesus Cristo é o próprio Deus (O Pai)”, é não fazer a distinção entre as pessoas da Santíssima Trindade.

Os "católicos fervorosos" modernos falam da Santíssima Trindade mas não fazem a mínima ideia da origem do dogma.

O conceito de Trindade é tão antigo quanto o orfismo e o pitagorismo. Mas foi com o neoplatonismo que assumiu uma clareza racional através do conceito de “emanação”. A metafísica do pagão Plotino começa com uma Santa Trindade: O Uno, Espírito e Alma; não são iguais como as pessoas da Trindade cristã: o Uno é supremo, depois o Verbo ou Espírito, e por fim a  Alma. A Trindade não é uma originalidade católica; o que é original na doutrina católica é a igualdade das três Pessoas da Trindade.

Ian_stevenson-webOs primeiros cristãos, incluindo os primeiros padres (período histórico também conhecido por “patrística”), até ao Concílio de Niceia no ano de 325 d.C (estamos a falar de três séculos depois de Cristo), adoptaram geralmente a noção de Trindade de Plotino, ou seja, uma Trindade em que havia uma hierarquia e não uma igualdade entre as Pessoas.

Por exemplo, Orígenes dizia que o Verbo (Jesus Cristo) olha constantemente para o Pai para que o mundo não se extinga no olvido; há neste conceito uma real subalternização do Filho em relação ao Pai, o que coincide com a Trindade de Plotino. Esta foi uma das heresias por que Orígenes foi condenado no Concílio de Niceia, entre outras, por exemplo:

Orígenes defendia a preexistência das almas (como ensinava Platão e Plotino), o que foi considerado uma heresia pelo Concílio de Niceia. Hoje, até a ciência já estuda o fenómeno da preexistência das almas, por exemplo através do professor universitário Ian Pretyman Stevenson e seus colaboradores, como por exemplo, o seu discípulo Jim B. Tucker. Ou seja, hoje é a própria ciência a dar um sinal claro de que Orígenes provavelmente tinha razão e que a doutrina da Igreja Católica saída do Concílio de Niceia não estaria totalmente certa.

Se a Igreja Católica tem que fazer reformas, como defende o "papa Francisco" e o Frei Bento Domingues, terá que as fazer na doutrina e não na prática política como defendem os "católicos fervorosos" com a teoria do Aquecimento Global Antropogénico adoptada pelo "papa Francisco".

E uma das reformas doutrinárias da Igreja Católica será a de aceitar a preexistência das almas que a própria ciência já investiga — sob pena de termos um novo “caso Galileu” dentro em breve.

Portanto, em função do catecismo da Igreja Católica, dizer que “Jesus Cristo é o próprio Deus” é, em minha opinião, inaceitável. Devemos dizer que “Jesus Cristo é divino porque consubstancial ao Pai (Deus)”.

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