quarta-feira, 20 de maio de 2015

Outra que não é loira (isto está ficando monótono, né?!)

 

« “Os casos de violência a que assistimos nesta semana não têm origem na ordem natural ou divina, são formas históricas de determinadas relações sociais. E são, naturalmente, chocantes – só isso têm de natural, a nossa instintiva repulsa pela brutalidade. Ser servil ao de cima, espezinhar o de baixo, está naturalizado, do Governo aos locais de trabalho, em grande parte dos partidos políticos, as relações de poder e de força são dominantes.

Os jovens expressam a sociedade violenta em que são educados, lamentavelmente. O que os jovens assistem todos os dias em matéria de valores sociais são umas centenas a esmagar milhões de “piegas”, 6 a bater em 1 é portanto um prolongamento de uma sociedade onde o primeiro-ministro nunca trabalhou na vida, e depois de eleito diz que um “bom exemplo é Dias Loureiro” ».

Esta senhora é doutorada em História

Ou seja, houve um tempo em que as “relações sociais” eram diferentes e não havia casos de violência: no tempo do paraíso de Adão e Eva. E a nossa instintiva repulsa pela brutalidade também não tem origem na ordem natural ou divina, mas antes reflecte aquelas formas de relações sociais diferentes que existiam in illo tempore no paraíso, em que não existia “domínio” senão o de Eva sobre Adão (belos tempos!). O Tempora! O Mores!

No paraíso também não havia o governo de Passos Coelho — por isso é que não havia violência no Éden. A causa da violência é também o facto de o primeiro-ministro nunca ter trabalhado na vida, ao passo que o Adão estava sempre disponível para trabalhar para a Eva. E depois veio a serpente Passos Coelho que, afoito passeava por aquelas paragens onde a epifania regia as formas de relações sociais, corrompeu a Eva, e o Adão passou a assumir a violência e o domínio.

4 comentários:

  1. Se me perguntarem a mim de onde vem a violência, eu direi que a violência está para o homem como as meias estão para os pés...

    A violência sempre existiu e vai continuar a existir. A única coisa que se pode fazer é mitigá-la através da educação e de um sistema judicial eficiente.

    Quanto à Raquel Varela, já a ouvi dizer asneiras que nem um aluno do primeiro ano de um curso de história seria capaz de dizer...

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  2. Raquel Varela normalmente é execrável, mas o que escreve no segundo parágrafo citado parece-me fazer todo o sentido. Claro que o principal problema da sociedade portuguesa - e isso àquela escapa-lhe por completo, como outrossim escapa a Passos Coelho - é a amoralidade (para não dizer imoralidade) da generalidade do actual povo português, acanalhado e desprovido de quaisquer valores morais. Esta factualidade constata-se não apenas na actuação da polícia contra o adepto benfiquista agredido em Guimarães, mas também e sobretudo no muito perturbante saque que pessoas aparentemente normalíssimas - porque a ocasião se lhes proporcionou - fizeram a um armazém de produtos desportivos localizado no estádio de Guimarães. Sublinho que qualifico este último incidente de muito perturbante porque é precisamente desta massa que se fazem os assassinos, os violadores e os ladrões que surgem em massa quando a ordem pública, por qualquer razão, se eclipsa momentaneamente, e temo muito o que possa suceder se porventura um desses eclipses se der agora em Portugal…

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    Respostas


    1. Uma das características da Esquerda é cometer crimes na cultura antropológica e não deixar impressões digitais.

      Aborto à discrição e à fartazana, pago pelo Estado; escola pública onde não se pode tocar nos meninos e estes podem fazer todas as judiarias e mais alguma; "casamento" gay e adopção de crianças por pares de avantesmas; operações cirúrgicas de “mudança de sexo” (como se fosse possível mudar de sexo) de invertidos pagos pelo Estado, não aplicação de pena de prisão de mães que matam os seus filhos já nascidos — e a lista poderia continuar.

      Amoralidade na cultura antropológica portuguesa vem de longe e é obra da Esquerda mais radical que inclui o Partido Socialista de Mário Soares, José Sócrates e António Costa. Mas o cinismo da Esquerda é incomensurável: cometem os crimes contra a cultura e depois acusam os “reaccionários” da amoralidade.

      Portanto, a Raquel Varela não tem razão no segundo parágrafo.

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  3. Há pouco mais de quarenta anos, passava férias numa pequena vila do litoral sul do país: as pessoas tinham as portas de casa abertas para os vizinhos, as bicicletas e as motas podiam ficar paradas na rua o todo o dia sem quaisquer protecções, e as crianças - nas quais me incluía - brincavam na mesma rua de manhã à noite sem que nada de mal sucedesse. O que mudou nestes últimos quarenta anos? Por que nos tornámos nestes bichos?..

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