“A incoerência de um discurso depende daquele que o escuta. Parece-me que o espírito é constituído de tal modo que não pode ser incoerente para si mesmo” — Paul Valéry
Saiu um livro — com CD e tudo — com o título “Frei Bento Domingues e o Incómodo da Coerência”.
Se pensarmos que “a coerência incomoda”, talvez seja verdade: a coerência de Che Guevara, de Fidel Castro, de Lenine, de Estaline, etc., também incomodou muita gente. Isto significa que a coerência é apenas uma qualidade secundária e formal. A coerência de um indivíduo qualquer não pode avaliar-se sem nos referirmos à base ideológica que rege as suas posições políticas. Por exemplo, aceitar tacitamente Karl Marx e ser católico está longe de qualquer coerência.
Um indivíduo pode ser coerente na procura de um determinado fim, mas a retroacção histórica conduz a realidade para um fim totalmente diferente: voltamos a S. Tomás de Aquino: não chega agir segundo a consciência (ser coerente): é preciso informar a consciência.
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