sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O papa-açorda Francisco e a estupidez do fundamentalismo

 

O papa-açorda Francisco afirma, no vídeo abaixo, que “os católicos fundamentalistas devem ser combatidos”. E depois diz que “os católicos fundamentalistas são os que acreditam deter a verdade absoluta e ofendem os outros com a calúnia, com a difamação”.

 


O termo “fundamentalismo” vem de “fundamento” que, por sua vez, vem do latim fundamentum, de fundus, “fundo”, fundare, “fundar”.

Definição de “fundamento”:

“Fundamento” é conjunto de elementos essenciais que servem de base a uma concepção, uma doutrina, uma teoria.

“Fundar” o que se afirma é produzir a sua justificação de ser. A investigação e o estabelecimento dos fundamentos estão no centro da filosofia e da ciência.

Tanto no discurso filosófico, como na ética, como no Direito, como na arte — esforça-se sempre por oferecer (apoiado em preceitos) sistemas de valores ou teorias explicativas que garantam uma legitimidade e/ou a verdade. Valores diferentes remetem para escolhas diferentes; e são os valores que são o fundamento dessas escolhas.


Agora, a pergunta: ¿todas as religiões têm os mesmos fundamentos? Resposta: não!

Os fundamentos do Cristianismo não são os mesmos, idênticos ou mesmo semelhantes aos fundamentos do Islamismo ou do Judaísmo, por exemplo.

Os fundamentos do Cristianismo encontram-se nos quatro Evangelhos sinópticos de Jesus Cristo; os fundamentos do Islamismo encontram-se no Alcorão; os fundamentos do Judaísmo caution-francis-speaks-400encontram-se na Torah. Portanto, é absolutamente claro que as diversas religiões não têm fundamentos iguais.

O primeiro fundamentalista cristão foi Jesus Cristo; o primeiro fundamentalista islâmico foi Maomé; e quiçá o primeiro fundamentalista judaico foi Abraão.

Portanto, basta comparar a vida de Jesus Cristo com a de Maomé, por exemplo, para vermos a diferença entre os fundamentalismos cristão e islâmico. São fundamentalismos diferentes porque se baseiam em valores (em fundamentos) diferentes. Por exemplo, S. Francisco de Assis foi um fundamentalista cristão; e não consta que S. Francisco de Assis andasse a matar pessoas.

A generalização negativa do termo “fundamentalismo”, feita pelo papa-açorda Francisco, revela a sua (dele) estupidez. Este “papa” é estúpido; tem uma capacidade cognitiva muito limitada. E, na medida em que a sua (dele) generalização é estúpida, o ataque aos cristãos ditos “fundamentalistas” é um ataque ao próprio espírito de Jesus Cristo.

Quando o papa-açorda Francisco diz que os “cristãos fundamentalistas” (com uma conotação pejorativa) são os que “ofendem os outros com a calúnia, com a difamação”, ele nada mais faz do que dar o exemplo da calúnia e da difamação de que acusa os outros católicos.

Em suma, não devemos confundir fundamentalismo, por um lado, e fanatismo, por outro lado.

A violência é um dos fundamentos do Islamismo, porque é recomendada pelo Alcorão.

A violência não é um dos fundamentos do Cristianismo, porque é combatida pelos Evangelhos de Jesus Cristo. Um cristão fundamentalista não pode ser violento — a não ser em defesa própria quando ameaçado fisicamente.

1 comentário:

  1. Aprendi com o meu ex-professor Anselmo Borges, que o fundamentalismo basicamente é a interpretação literal dos textos religiosos. Trata-se de ir ao "fundamental" do texto religioso e interpretá-lo directamente.

    No caso do Cristianismo, foi só com os protestantes americanos no século XIX, que se começou a ouvir falar em "fundamentalismo", pois eles alegam que eles é que fazem uma correcta interpretação da Bíblia, ao contrário dos católicos que segundo eles, distorcem os textos bíblicos conforme lhes convém.

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