Nunca fui Charlie. E por uma razão: sendo a crítica livre, deve ser racional.
Qualquer religião não está acima da crítica racional. Nada está acima da crítica racional. Mas o que o Charlie Hebdo faz não é crítica racional: há quem lhe chame “humor”; eu chamo-lhe paródia de mau-gosto.
Por isso é que o estúpido que escreveu isto não tem razão — porque uma crítica racional (passo a redundância) não faz do escárnio e do mal-dizer fins em si mesmos.
Eu posso criticar o Islão, ou o Cristianismo, ou o Budismo, ou a maçonaria, ou qualquer outra religião — mas de uma forma racional, utilizando argumentos inteligentes e racionais. Outra coisa, bem diferente, é o ataque gratuito, irracional, grotesco, brutamontes, ignorante, aos símbolos de qualquer instituição (seja qual for). E só um estúpido não vê a diferença.
(Ele há uns espertalhões que escrevem umas coisas)
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