domingo, 14 de fevereiro de 2016

Um médico não é um deus

 

O Quim escreve aqui sobre aquilo a que ele chama “continuásia”. E dá como exemplo o caso de Ariel Sharon. A pergunta que se deve fazer é a seguinte:

Se não tivessem retirado a nutrição e (alimentação e água), e sem outras ajudas médicas, ¿será que Ariel Sharon teria sobrevivido todo o tempo que esteve em coma?

Se a continuásia é não deixar que a Natureza siga o seu curso, o Quim tem razão; se a continuásia é retirar ao doente em coma os seus meios de nutrição, então o Quim não tem razão.

Ou seja, o ser humano não tem o direito de se arvorar em deus, e decidir quem tem direito à vida e quem está condenado à morte.

Existem casos de pessoas que estão em coma durante anos a fio e que “voltam à vida”; e se lhe retirassem os meios de nutrição, teriam sido literalmente assassinadas. Se eu fosse médico, e por muito que me custasse a emoção dessas situações humanas, nunca correria o risco de me considerar um deus.

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