quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Rui Ramos e a liberdade comercial

 

Entre o Fernando Rosas e o Rui Ramos, traçamos a mediana da contemporaneidade portuguesa. Ambos fazem parte do problema da actualidade.

O Rui Ramos confunde aqui a liberdade comercial, por um lado, com dumping, por outro lado. A minha experiência com o comércio com a China demonstrou-me a existência de dumping  apoiado pelo Estado chinês. Mas, para o Rui Ramos, o dumping  faz parte da globalização: em liberdade, vale tudo, até arrancar olhos.

O comércio com a China não é livre — ao contrário do que o Rui Ramos defende. Quando o Estado chinês subsidia as exportações, o comércio deixa de ser livre. Ou seja, por muito que custe ao Rui Ramos, o Donald Trump tem razão.

Também é extraordinário que o Rui Ramos tente justificar a imigração desenfreada com o argumento de “uma sociedade a envelhecer”: aqui, entre o Rosas e o Ramos não há qualquer diferença.

Não vou escalpelizar o texto todo do Rui Ramos, porque não há espaço nem tempo. Apenas digo que o Rui Ramos repugna-me tanto quanto me repugna o Fernando Rosas: ambos são radicais nas suas mundividências respectivas, e chamam “radicais” aos que têm qualquer senso crítico em relação à realidade.

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