“Está ínsito na ideia de criarmos núcleos familiares que querem crianças, que vão amar as crianças, que vão protege-las e que não vão, como muitos casais heterossexuais violá-los, matá-los, mutilá-los, ofendê-los e impedi-los de ter uma saúde mental e física que lhes permita terem uma integração social útil”, afirma Eurico Reis, presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.
Naquela frase de Eurico Reis podemos ver a essência da argumentação do politicamente correcto em relação à procriação medicamente assistida para toda a gente, e em relação às "barriga de aluguer":
1/ as excepções à regra são propositadamente hiperbolizadas (falácia da mediocridade). O raciocínio induzido é o seguinte: “Há 'casais heterossexuais' que maltratam as suas crianças? Há! Por isso, qualquer forma de família alternativa à família natural é tão boa ou mesmo melhor para as crianças”.
2/ a afirmação da utilidade (utilitarismo) do Comportamentalismo (behaviourismo) na avaliação intrínseca da criança.
O materialismo behaviourista (behaviourismo) contesta a existência do espírito — e por esta via, recusa a liberdade humana e a subjectividade humana —, uma vez que tudo o que poderíamos observar seria o comportamento exterior que corresponde literalmente ao comportamento animal que, no caso do ser humano, inclui o comportamento linguístico. A sociobiologia é a expressão contemporânea do behaviourismo em todo o seu esplendor.
A teoria ética do behaviourismo é tenebrosa, porque parte da teoria do condicionamento do reflexo condicionado (Pavlov), que alegadamente explica todo o comportamento humano através do adestramento positivo e negativo (neste caso, das crianças).
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