Em um determinado programa de televisão de ontem, o Daniel Oliveira afirmou o seguinte acerca do terrorismo:
- nas décadas de 1970, 1980 e 1990, houve muitas mais vítimas de ataques terroristas na Europa do que nas décadas depois de 2000;
- temos que nos habituar ao terrorismo, porque ele sempre existiu, e apenas aumentou a sua visibilidade devido aos me®dia e à Internet.
Podemos ver neste gráfico abaixo (fonte) que, de facto, nas décadas de 1970, 80 e 90, houve mais vítimas de terrorismo na Europa (de cor azul), mas tratou-se do terrorismo da ETA do país basco, do IRA da Irlanda, e do Baader-Meinhof na Alemanha — ou seja, tratou-se de um terrorismo direccionado principalmente contra as elites políticas e/ou contra as forças policiais ou militares.
A ETA, o IRA ou o Baader-Meinhof não atacavam deliberadamente crianças e mulheres inocentes: atacavam polícias, militares e dignitários políticos; e não existia, durante essas três décadas, o terrorismo suicida islâmico, que é o que mais sofisticado que podemos conceber em termos de terror.
Vemos a vermelho na imagem, os ataques terroristas islâmicos na Europa que, a partir da década de 2000, aumentaram geometricamente e que implicam, na maior parte dos casos, a figura do kamikaze islâmico, por um lado, e por outro lado o ataque indiscriminado às populações em geral, incluindo mulheres e crianças.
Note bem: uma coisa é um ataque do IRA a um quartel de tropas britânicas na Irlanda que faz 100 mortos; outra coisa é o recente ataque islâmico de Nice que faz outras tantas mortes, mas em que as vítimas não são militares e muitas delas são crianças e mulheres. Não é possível confundir estes dois tipos de terrorismo, e só a mente perversa do Daniel Oliveira poderia misturar as duas coisas.
Uma coisa é a guerra convencional em que as populações inocentes são, em geral, poupadas; outra coisa, bem diferente, é uma guerra islâmica em que o inimigo é a população em geral. E dizemos, “não”: a este tipo de guerra não ficaremos habituados nem indiferentes, nem que passemos a deportar muçulmanos e o Daniel Oliveira também.
Grafico um pouco tendencioso (1988) :)
ResponderEliminarPan Am Flight 103 (Lockerbie) 243 mortos, civis!
O PAN AM não é considerado pelo gráfico como um "atentado islâmico". É discutível, mas aceitável.
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