sábado, 9 de setembro de 2017

Que o Anselmo Borges não se cruze comigo

 

O meu sentimento em relação a Anselmo Borges é o de um ódio visceral, porque ele aproveita-se da tribuna pública que tem à sua disposição para espalhar um ódio comedido e hipócrita em relação à Igreja Católica. Isto é como na guerra: odiamos o inimigo que está à nossa frente apenas porque queremos proteger os amigos e a família que estão atrás de nós.

O Anselmo Borges acha que Hans Küng ou Leonardo Boff são “teólogos católicos”, e que são teólogos importantes que qualquer católico deve ler, e quiçá seguir. E depois critica o “achismo” dos outros! É caso para dizer: puta-que-pariu!

« Por exemplo, Häring, que enfrentou a velha moral, sempre aberto a conceder os sacramentos aos divorciados recasados e que nunca aceitou o princípio da condenação dos métodos anticonceptivos, defendendo a "paternidade responsável", disse depois ele próprio a Alcaína que "preferia encontrar-se frente a um tribunal de Hitler a encontrar-se outra vez no Palácio do Santo Ofício". »

Anselmo Borges

Para o Anselmo Borges, a ética muda consoante as épocas: há uma ética velha e uma ética nova.

É claro que, para o Anselmo Borges, aplica-se a falácia ad Novitatem: a ética nova é (para ele) melhor do que a ética velha — isto se considerarmos que a ética está para a moral como o musicólogo está para a música — : só uma besta quadrada e uma mente esclerosada pensa desta maneira! E depois, a cavalgadura critica o “achismo” do povo!

Para o Anselmo Borges, a “paternidade responsável” passa pela aprovação moral do aborto que ele próprio defendeu aquando do último referendo abortadeiro (terá que haver outro referendo, com a pergunta: “ ¿Você concorda em pagar do seu bolso o aborto dos outros? ”).

O resto do texto revela a filha-da-putice do personagem, a ponto de eu poder afirmar aqui peremptoriamente: se o Anselmo Borges tiver o azar de me aparecer à frente, tem garantida uma estadia de pelo menos um mês no hospital — porque eu, depois do que tenho visto, já não me importo de passar o resto da minha vida numa prisão.

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