quinta-feira, 19 de julho de 2018

Vai abrir a época da “caça ao patrão”

 

« A Assembleia da República aprovou esta quarta-feira, em votação final global, uma lei "que aprova medidas de promoção da igualdade remuneratória entre mulheres e homens por trabalho igual ou de igual valor". »

A mulher recebe menos porque tem uma "função diferente". Quais são os critérios?


Estamos a voltar à época do PREC [Processo Revolucionário em Curso], mas desta vez com uma estratégia política diferente, uma estratégia gramsciana [de Gramsci] em lugar da estratégia estalinista do velho Partido Comunista de 1975.

A actual estratégia gramsciana da Esquerda marxista (que inclui uma parte considerável do Partido Socialista) consiste na humilhação política, por parte do Estado, dos detentores de propriedade privada (o “exercício do Poder”, como escreveu a Helena Matos), por um lado, e por outro lado, o ataque soez, no âmbito da cultura, às instituições que não estejam sob tutela directa do Estado (por exemplo, com a política de identidade, como é o caso do feminismo).

Como diz e bem a Helena Matos, esta lei da Esquerda (mas abençoada e santificada pelo CDS da Assunção Cristas) é desnecessária porque “todos os meses as empresas enviam os dados [estatísticos] para pagamento dos seus trabalhadores à Segurança Social”.

O que se pretende com esta lei é a humilhação (do ponto de vista da cultura antropológica e da política) dos detentores da propriedade privada em geral, e dos proprietários das empresas em particular. Isto faz parte da estratégia gramsciana da Nova Esquerda.


A hegemonia [que é hoje a do Estado marxista da geringonça], consiste em criar uma mentalidade uniforme sobre todas as questões, visando anestesiar o senso crítico e uniformizar o senso comum. É a hegemonia [do Estado em relação à sociedade] que leva as pessoas a aceitarem o que lhes dizem sem contestação e a tolerar determinados crimes [por parte do Estado].

Do parágrafo anterior, o que está escrito a itálico é da autoria do próprio António Gramsci; o que está entre parêntesis é adição minha. Vemos como as ideias de Gramsci se viram hoje contra a Esquerda marxista. gramsci-ideias-web


Esta lei vai ser uma espécie de fenómeno cultural #MeToo das empresas privadas.

Irão entrar nos tribunais de trabalho dezenas de milhares de queixas de mulheres que se sentem (subjectivamente) prejudicadas no trabalho; queixas que resultam de juízos subjectivos, de tipo: eu penso que estou a ganhar menos do que o João que trabalha no turno da noite”. E o problema é que o ónus da prova pertence a quem é acusado (o patrão): talvez a maior perversidade desta lei seja a inversão do ónus da prova.

É óbvio que nenhum patrão, no seu perfeito juízo, paga mais a um homem do que a uma mulher para fazer o mesmo trabalho.

É claro, para quem tem dois dedos de testa, que a maioria de Esquerda e o governo da geringonça não pensam que os patrões portugueses são estúpidos ao ponto de perder dinheiro pagando mais a homens do que a mulheres para fazer o mesmo trabalho. Isto não lembraria ao careca!
O que se passa, realmente, é a abertura da estação da “caça ao patrão” que a geringonça já anuncia para breve. Apertem os cintos!

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