Eu não tenho a certeza de que o Daniel Oliveira terá dito (ou escrito) o que está escarrapachado na imagem aqui ao lado; mas acredito que, vindo daquela avantesma, tudo é possível.
Sendo verdade que ele escreveu ou afirmou o que está escrito, o Daniel Oliveira incorre na falácia da falsa dicotomia — o que revela, ou uma radical desonestidade intelectual, ou um notável retardamento cognitivo (ou as duas coisas).
Desde logo, o referido estafermo parte do princípio (implícito) de que o Daesh não faz parte do Islão — o que é absolutamente falso; ou seja, os dados da realidade objectiva são negados pelo “dito cujo”.
Poderíamos supôr que a referida cavalgadura de pasquim não conhece suficientemente o Islamismo; sendo assim, ¿por que razão não se cala?!
Qualquer europeu consciente não pretende “uma guerra contra o Islão”; o que pretende (e bem!) é proteger-se do Islão (o Islão é um princípio de ordem política!, ou seja, é uma ideologia política).
“Islamofobia” é o diabo que o carregue!, ¿ouviu?!, seu paspalho da pasquinagem!
Ao criar uma falsa dicotomia entre uma ideologia política (o Islamismo), por um lado, e os que suposta- e alegadamente se opõem a essa ideologia política, por outro lado, o Daniel Oliveira e os seus sequazes pretendem assumir o papel de “moderadores e superiores morais” de uma contenda que, realmente, não existe.
Vou dar um exemplo: imagine o leitor que alguém pega num taco de beisebol contra mim, e eu tento defender-me da agressão. O Daniel Oliveira viria dizer que eu sou parte do problema na medida em que eu me defendo da agressão; o agressor seria, na opinião do paspalhão, um “fundamentalista da paulada”; e eu seria um “agressófobo”.
O grande cabrão coloca na mesmo nível moral, o agressor e a possível vítima.
Como alguém escreveu no FaceBook:
« Os MARXISTAS têm de ser postos fora da vida política. ASSASSINARAM mais de 100 milhões de homens, mulheres e crianças, e querem obrigar a humanidade à sua utopia de mentira, ódio e morte. Até namoram o Islão para crucificar o CRISTIANISMO. »
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