sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Com o Bloco de Esquerda no Poder, vamos entrar na “etapa fraternal” do processo democrático


“A compreensão dos papéis feminino e masculino como uma construção social que interage com os outros sistemas de poder, de dominação social e de exploração, seja o capitalismo, o colonialismo ou o racismo, foi essencial para desnaturalizar a desigualdade de género.”


        → Copiado daqui (texto de um estafermo do Bloco de Esquerda).


1/

“Aquele que reclama a igualdade de oportunidades acaba exigindo que os melhores dotados sejam penalizados”
→ Nicolás Gómez Dávila.

É inevitável; e é um dos problemas do liberalismo (por exemplo, o dos Insurgentes): na defesa da igualdade de oportunidades, mais cedo ou tarde, o liberal acaba sempre por sacrificar o mérito e a justiça no altar da igualdade.

Os seres humanos, à medida em que se sentem mais iguais, mais facilmente aceitam e toleram que os tratem como peças intercambiáveis, substituíveis e supérfluas.

A igualdade é a condição psicológica prévia das grandes matanças científicas e friamente justificadas que ocorreram na modernidade — incluindo a matança mais ignóbil que podemos conceber, que é a matança de pessoas que não se podem defender, como é o assassínio de crianças não-nascidas e a eutanásia de idosos.

Assim se justifica o artigo rebuscado do Insurgente em causa.

2/

Reparem no termo: desnaturalizar a desigualdade de género”. O termo está no negativo: desnaturalizar a desigualdade”; e poderíamos dizer o mesmo no positivo: “naturalizar a igualdade”.

O estafermo do Bloco de Esquerda poderia ter escrito:

“A compreensão dos papéis feminino e masculino como uma construção social que interage com os outros sistemas de poder, de dominação social e de exploração, seja o capitalismo, o colonialismo ou o racismo, foi essencial para naturalizar a igualdade de género.”

Ora, “naturalizar a igualdade” é sinónimo de “impôr a igualdade à Natureza” — o que não é apenas utopia: é estupidez; ou então é psicose (interpretação delirante). É a negação da experiência humana. É como se olhássemos paras coisas e negássemos a sua existência.

A postura do estafermo do Bloco de Esquerda é anti-científica, no sentido de ser anti-empirista. A experiência mostra-nos que o conceito de “naturalização da igualdade” é absurdo.

3/

Estou hoje convencido de que o conceito de “igualdade de oportunidades” acaba por conduzir (através do processo democrático) ao conceito de “igualdade social” (ou igualdade de rendimentos).

O processo democrático cumpre-se em três etapas:

  • a etapa liberal, que esteve na origem dos marxistas;
  • a etapa igualitarista, que funda a URSS e que esteve na origem da nova Esquerda caviar e identitária (de tipo Bloco de Esquerda);
  • e a etapa fraternal, a dos drogados e/ou alienados sociais (que votam no Bloco de Esquerda) que copulam em amontoados colectivos citadinos insalubres (tipo bairro da Jamaica).

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