quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O “racismo negro é inocente” (ou o “Bom Selvagem” de Rosseau)

 

Uma preta chamada Cláudia Silva escreve no jornal Púbico acerca do racismo, invocando a ideologia de uma americana branca radical de Esquerda (marxismo cultural).


1/ A ideia segundo a qual “só os brancos podem ser racistas” (que a tal Cláudia Silva invoca), é uma das maiores filhas-da-putice (é uma forma de racismo encapotada) que a Esquerda inventou para destruir a cultura europeia e ocidental:

“Para entendermos bem o que é o racismo, precisamos primeiro de diferenciá-lo do mero preconceito e discriminação. Preconceito refere-se a um pré-julgamento de uma pessoa com base no grupo social ou racial à qual ela pertence. Discriminação consiste em pensamentos e emoções, incluindo estereótipos, atitudes e generalizações que são fundamentadas em pouca ou nenhuma experiência e que são projectadas em todas as pessoas de tal grupo. Neste sentido, pessoas negras podem discriminar pessoas brancas, mas elas não têm o poder social ou institucional que transforma o preconceito e discriminação delas em racismo. O impacto do preconceito delas em relação às pessoas brancas é temporário e contextual. Pessoas brancas detêm o poder institucional para imbuir o preconceito racial em leis, políticas públicas e educacionais, práticas e normas societárias, de uma forma que uma pessoa negra não tem. Logo, uma pessoa negra pode exercer preconceito e discriminação, mas não pode ser racista, defende Diangelo”.

 

 

Ora, a África do Sul actual desmente a Esquerda.

O que se passa hoje na África do Sul é a pior forma possível de racismo instituído, que passa pelo genocídio dos brancos por parte da maioria negra. Nunca passou pelas cabeças dos colonialistas portugueses, por exemplo, extinguir ou eliminar propositadamente uma etnia africana.
A maior parte dos índios mortos na América do Sul e Central, durante a ocupação colonial, foi devido a doenças importadas da Europa a que os índios não estavam imunologicamente defendidos — e não porque os espanhóis e/ou portugueses quisessem expressamente exterminar uma determinada raça ou etnia.

Ora, o que se passa hoje na África do Sul é puro racismo negro protegido tacitamente pelo próprio Estado — em um sistema político em que o mérito pessoal não conta para nada: o que conta, na ascensão social sul-africana, é cor da pele. Se és negro, podes subir na escala social; se és branco, és automática- e propositadamente ostracizado, e independentemente do teu valor pessoal.

 

 

Ora isto não se passa nem na Europa nem dos Estados Unidos. Na Europa ou nos Estados Unidos, um preto inteligente tem um mar de oportunidades à sua disposição — o que não acontece na África do Sul negra em relação aos brancos inteligentes. Pelo contrário, por exemplo, os brancos agricultores proprietários de terras que ainda restam naquele país, estão a ser expropriados sem indemnização, por um lado, e por outro lado são assassinados todos os dias pelos negros, e com o beneplácito do Estado negro da África do Sul.

Isto é um facto!: basta procurarmos informação.

2/ a forma como o problema do racismo é abordado pela Cláudia Silva (e pela tal marxista americana), faz com que o problema seja insolúvel senão através da inversão do tipo de racismo.

Podemos fazer uma analogia  — ou mesmo uma comparação  — entre a abordagem da “auto-vitimização do racismo exclusivo dos brancos” pelo marxismo cultural, por um lado, e por outro lado a abordagem da “auto-vitimização gayzista” pelo marxismo cultural.


Na “auto-vitimização do racismo”, alegadamente “exclusivo dos brancos contra os pretos”, passa-se um fenómeno ideológico semelhante: existe uma projecção da culpa da condição ontológica do negro em direcção à sociedade.
Para o negro (e para os marxistas), o facto de existir uma grande maioria de pessoas brancas na sociedade já é, de forma mitigada, considerado por ele como sendo “discriminação”, não só em relação a si próprio ― na sua condição de negro ― mas também em relação à negritude em si mesma.

Vemos, como a idiossincrasia gayzista (marxismo cultural) pratica a projecção da culpa: dizem por exemplo que a culpa da alta incidência da SIDA entre os gays é da homofobia (a culpa é da sociedade).

Para o homossexual, o facto de existir uma esmagadora maioria de pessoas do seu próprio sexo que o não desejem sexualmente já é, de forma mitigada, considerado por ele como sendo “discriminação”, não só em relação a si próprio ― na sua condição de homossexual ― mas também em relação à homossexualidade em si mesma. É aqui que germina o sentimento de “discriminação”, que parte do próprio homossexual e da sua condição, e que se projecta para a sociedade, e não no sentido contrário.

Assim sendo, e mesmo que não exista “discriminação” ― entendida aqui no sentido jurídico do termo ―, a simples repulsa do hétero em relação ao acto homossexual é já considerada pelos gays como um insulto, e portanto, como uma atitude discriminatória. Para explicar essa repulsa por parte dos heterossexuais, os marxistas culturais dizem que quem repudia o acto homossexual é doente mental (é “homófobo”). Portanto, toda a gente que repudia o acto homossexual passa a ser “lélé da cuca”.

Porém, quando um determinado tipo de homossexual (por ex.: o “machão gay”) repudia um outro tipo de homossexual (o gay efeminado), ele já não é “lélé da cuca”, mas esse repúdio sexual é absolutamente natural e legítimo, o que significa que o erotismo pessoal do gay ― que existe em função dos desejos subjectivos que determinam a sua identidade ― não é passível de ser colocado em questão, ao passo que a repulsa do hétero em relação ao acto homossexual é considerada pelo esquerdista como sendo criminosa e/ou sociopata.

O intuito gayzista é eminentemente político e pretende estigmatizar culturalmente a heterossexualidade, isto é, negar a realidade da Natureza por via da coacção cultural que se pretende que venha a assumir contornos crescentes de violência cultural, psicológica e mesmo física perpetrada sobre a maioria, utilizando para o efeito os instrumentos de repressão ao dispor do Estado ― que, pelo contrário, deveria representar, de forma prioritária, os interesses da maioria natural e garantir o futuro da sociedade.


Na “auto-vitimização do racismo”, alegadamente “exclusivo dos brancos contra os pretos”, passa-se um fenómeno ideológico semelhante: existe uma projecção da culpa da condição ontológica do negro em direcção à sociedade.
Para o negro (e para os marxistas), o facto de existir uma grande maioria de pessoas brancas na sociedade já é, de forma mitigada, considerado por ele como sendo “discriminação”, não só em relação a si próprio ― na sua condição de negro ― mas também em relação à negritude em si mesma.

 

A maioria branca de um determinado país não pode ser outra coisa senão “racista”; é fatal como o destino. Mas quando a maioria negra na África do Sul institui (através do Estado) o genocídio dos brancos, isso já é considerado “justiça histórica” pelos marxistas (“primeiro espeta a faca, e depois injecta o anestesiante” ideológico, para não doer muito).

3/ o texto da Cláudia Silva tem algumas falsidades. Por exemplo:


“(...) os homens brancos deram o direito ao voto às mulheres sufragistas nos EUA em 1920, mas somente às mulheres brancas. Mulheres negras nos EUA só tiveram este direito concedido depois de 44 anos, em 1964.”

Isto é falso. Ou melhor: ela mistura factos diferentes para conseguir uma boa mentira.

A 24ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos proibiu a chamada “Poll Tax” (taxa de voto) em 1964, que era uma taxa tão alta que impedia o voto de muitos negros (maioritariamente as mulheres negras) e mesmo muitos brancos pobres.

Por outro lado, a 19ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos foi adoptada em 1920 e estipula o voto das mulheres (independentemente de serem negras ou não). Finalmente, a 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, adoptada em 1868, dá aos negros (e negras) os mesmos direitos (não estamos a falar de “direitos sociais”, mas antes de “direito de oportunidade”).

4/ o texto da Cláudia Silva reflecte uma ideologia, e por isso não é científico. Ou melhor: é pseudo-científico.

Por exemplo, qualquer comparação (em termos de relações raciais) entre a sociedade americana (a sua História e cultura), por um lado, e Portugal, por outro lado, roça o ridículo. Mas esta gente vai buscar aos Estados Unidos a ideologia que aplica em Portugal — tal como em África, outrora os revolucionários africanos independentistas foram buscar e implantar o marxismo-leninismo (ou o maoísmo), e depois foi a merda que ainda se vê hoje por lá.


A ler: The Whites’ Privileges in South Africa

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