“Sociologicamente, a estatística é a ferramenta de quem renuncia a compreender para poder manipular.”
Em termos práticos, um tal Alexandre Homem Cristo defende aqui a implementação em Portugal de uma Política Identitária — o Bloco de Esquerda não poderia estar mais de acordo com o tal Homem: está na moda importar as modas políticas mais nefastas oriundas dos Estados Unidos.
Portugal nunca teve uma tradição segregacionista marcada (nem sequer nas ex-colónias) — como aconteceu nos países de tradição anglo-saxónica; portanto não faz sentido copiar as práticas políticas americanas que conduziram à actual desunião radical da União Americana.
Pela primeira vez estou de acordo com o Carlos Fiolhais.
Quem, como eu, cresceu numa colónia portuguesa, sabe por experiência própria que muitos dos mais valorosos combatentes pelo exército português foram negros.
A negritude e o patriotismo português não têm sido (historicamente) conceitos contraditórios. E é necessário que continuem a não ser contraditórios.
A Política Identitária (que o tal Homem defende de uma forma indirecta, quiçá involuntariamente) iria dividir desnecessariamente a população de Portugal, por um lado; e por outro lado, a estatística não resolve problemas sociais exactamente porque as ciências humanas não são ciências exactas.
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