quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O puritanismo do grunho José Pacheco Pereira


O problema não é o de o José Pacheco Pereira emitir opinião; não há idiota que não a tenha. O problema é o de evitar que radicais da laia do Pacheco se aproximem do Poder — como está a acontecer hoje com o monhé das cobras no poleiro. Os culpados são o Santana Lopes que guindou o Pacheco (e o Durão Barroso) no PSD; e o Cavaco Silva que lhe aplainou o caminho.


Parece que o Miguel Sousa Tavares enfrentou (anteontem) o Pacheco numa faena de que faz eco este artigo (ver em PDF).

“...choca-me que um homem manifestamente inteligente e na maioria das vezes educado e polido, se tenha ontem transformado, ainda que por momentos, num verdadeiro grunho.”

Tourada-web

JPP-ZAROLHOUm indivíduo que alinha com as teses ideológicas do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) não pode ser inteligente: pode ter um “alvará de inteligente” — o que é coisa diferente. Vivemos no país dos alvarás e das cunhas.

Os grunhos andam agora convencidos de que “isto agora é tudo auto-estrada”; “Unidas Podemos”; “até Podemos calar a diferença”; “chegou finalmente o progresso que proíbe”. O arquétipo mental totalitário do grunho marxista Pacheco revelou-se em todo o seu esplendor... porém, o animal nunca me enganou.

O grunho Pacheco — que não gosta de futebol, e que defendeu a ideia segundo a qual a televisão não deveria transmitir jogos de futebol — é o tal que pretende proibir as touradas: estamos em presença de um puritano pós-moderno (neo-gnóstico).

Não há, na tese do grunho, um apelo à lei do mercado: “é o Estado proibir mesmo! Ponto!”.

“A dada altura Sousa Tavares disse e bem que se o toiro de lide não fosse toureado, simplesmente deixava de existir. Ora o Pacheco Pereira, pateticamente, transmitiu que pouco lhe importava o destino dos toiros se a sua existência assentasse no fim tourada.

Portanto o caro amigo está tão, mas tão preocupado com um animal, que prefere que ele não exista, a existir para um fim com o qual não concorde.”

Aplica-se ao grunho Pacheco a seguinte frase de Thomas B. Macaulay:

“Os puritanos detestavam os combates de ursos, não porque esses jogos causassem sofrimento aos ursos, mas porque davam prazer aos espectadores”.

jpp-marx

A Esquerda radical, a dos grunhos marxistas da espécie do Pacheco, são os novos puritanos “protestantes” — os gnósticos actuais e actualizados.

O grande problema do grunho Pacheco é o prazer que a tourada oferece a quem gosta dela.

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