1/ Quando invocamos sistematicamente figuras de autoridade de direito, assinalamos a fraqueza do nosso discurso e dos nossos argumentos — porque não nos conseguimos afirmar, por moto próprio e através da nossa argumentação, mas antes recorremos a figuras de autoridade ideológica, alegadamente (e falsamente) reputadas de “científicas”.
O problema da invocação da autoridade de direito coloca-se apenas quando não acrescentamos mais nada ao nosso discurso senão a própria invocação da autoridade de direito, considerada apenas em si mesma.
"Um declínio na coragem pode ser a característica mais marcante que um observador externo nota hoje no Ocidente ...
Tal declínio da coragem é particularmente notada entre as elites dominantes e intelectuais, causando a impressão de uma perda de coragem por parte da sociedade inteira."
→ Aleksandr Solzhenitsyn
Verificamos, por exemplo, neste vídeo, como o Mamadou Ba não diz nada de coerente e concreto, senão escorando-se em uma putativa autoridade de direito de algumas personagens que ele invoca — trata-se de um certo “intelectualismo” próprio da negritude marxista, próprio de uma certa mentalidade de colonizado que marca o complexo de inferioridade do negro marxista radical.
2/ Imaginem que um branco emigre para um país africano e tenha publicamente uma linguagem racista (contra o negro) do calibre demonstrado por Mamadou Ba em relação ao homem branco.
Quando o Mamadou Ba, vivendo em Portugal, vem defender publicamente “a morte do homem branco”, confia, por um lado, na cobardia da ruling class portuguesa (aquilo a que Aleksandr Solzhenitsyn chamou de “declínio da coragem do Ocidente”), e por outro lado confia também que essa cobardia das elites se estende à sociedade inteira.
Porém, a ideia (preconcebida pelos radicais) segundo a qual “a cobardia das elites já infectou a populaça”, é enganadora: o fenómeno do partido CHEGA está aí, bem vivo, para dizer aos radicais que o “declínio da coragem” das elites não contaminou o povo português.
3/ O Mamadou Ba pensa que pode, de forma incólume, emigrar para Portugal e invocar publicamente “a morte do homem branco” (nem que seja, simbolicamente, a morte da cultura portuguesa), e através dessa posição radical, eticamente repreensível e politicamente insustentável, tirar dividendos políticos e pecuniários. E, para esse efeito, conta com o “declínio da coragem” das elites, putativamente extensível a todo o povo.
Penso que chegou a hora de recambiar o Mamadou Ba para o Senegal.
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