A Rua Conde de Avranches, na cidade do Porto, era uma rua larga, fortemente arborizada, e ladeada de vivendas — fazia lembrar (mutatis mutandis) uma rua do bairro londrino de Belsize Park.
Porém, o Presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira (que se diz “de Direita”!) destruiu completamente a rua, a mando do politicamente correcto esquerdista: mandou construir um corredor largo para bicicletas no meio da artéria — eu passo naquela rua todos os dias, e nunca vi por lá uma única bicicleta em trânsito: trata-se de um corredor para bicicletas que não tem qualquer uso.
A ideia com que fico é a seguinte:
- votar no Rui Moreira (que se diz “de Direita”), ou noutro candidato qualquer da Esquerda, tem o mesmo efeito prático;
- o Presidente da Câmara Rui Moreira tem os tomates trilhados (salvo seja) com o caso “Selminho”, o que o transforma em um candidato ideal da Esquerda à Câmara Municipal do Porto;
- com um Presidente da Câmara dito “de Direita” com os tomates trilhados, quem manda (de facto) na Câmara Municipal é a Esquerda;
- é preferível a vitória de um candidato da Esquerda, à vitória do Rui Moreira (que se diz “de Direita” mas faz o que a Esquerda manda); ademais, é necessário um candidato do CHEGA à Câmara Municipal do Porto;
- o corredor para bicicletas — naquela rua como em muitas outras da cidade — é, para a Esquerda e para o Rui Moreira, uma “ideia de futuro”: ou seja, para já os corredores não têm qualquer uso (são autênticos monos, sem qualquer utilidade), mas a população irá ser obrigada (no futuro próximo) a andar de bicicleta.
Numa altura em que a China começa a conceder aos seus cidadãos as regalias do automóvel particular, a União Europeia (sob a batuta da aliança sagrada entre os globalistas plutocratas e os comunistas internacionalistas) pretende transformar os países europeus em uma espécie de China da década de 1950, criando as condições para o uso massivo da bicicleta, trotinetas, riquexós e de outros meios quejandos.
É neste contexto que podemos compreender este trecho escrito pelo do Daniel Oliveira:
“O debate estrutural não é como manter preços dos combustíveis baixos. Não acontecerá. As pessoas têm de ser capazes de pagar as suas deslocações, mas as soluções de longo prazo terão de vir de transportes públicos gratuitos e de qualidade; políticas públicas de habitação agressivas; um investimento sem precedentes na ferrovia; e uma revolução económica inevitável que distribua riqueza em vez de a concentrar. Se estes debates forem perdidos, os negacionistas das alterações climáticas terão outros para oferecer.”
→ Vamos discutindo o preço insuportável dos combustíveis enquanto podemos
Repare, caro leitor, no “raciocínio” daquela criatura: diz ele:
1/ queremos transportes públicos (citadinos) “gratuitos e de qualidade” (alegadamente como os que existiam na URSS);
2/ queremos casas à borla para toda a gente (como as dos bairros das cidades da URSS);
3/ depois de termos (nós, os comunas do 25 de Abril) destruído as ferrovias construídas por Salazar, vamos agora seguir o exemplo do Estado Novo e fazer um grande investimento em comboios;
4/ vamos estatizar a economia e acabar com o capitalismo que concentra a riqueza;
5/ o preço dos combustíveis não pode baixar (nem que o Estado socialista aumente os impostos!), para não impedir a realização do ideário comunista conforme explicito nos pontos anteriores;
6/ se o que está referido nos pontos 1 a 4 não for realizado, “as alterações climáticas avançam” e os reaccionários, perdão, “negacionistas” ganham a parada.
Os antigos “reaccionários” são hoje denominados de “negacionistas”.
Ou seja, as alterações climáticas são “amigas” dos comunistas. As alterações climáticas dão muito jeito para mandar os reaccionários, digo, “negacionistas” para um qualquer Gulag digital garantido pelo Artº 6 da Carta Digital do governo do monhé das cobras.
Duas ou três das conclusões lógicas do texto do comissário do Totalitarismo de Veludo, Daniel Oliveira, são:
- as “alterações climáticas” só existem por causa do capitalismo — nunca, em 4,5 mil milhões de anos/luz da idade do planeta Terra, existiram alterações climáticas; as alterações climáticas são marxistas;
- para o Daniel Oliveira — e a existirem "alterações climáticas" por causa do capitalismo — o planeta não pode nem arrefecer nem aquecer: qualquer mudança do clima terrestre é um mal causado pelo capitalismo que só pode ser combatido com “transportes públicos gratuitos e de qualidade”, casas à borla para o pessoal (porreiro pá!), carros eléctricos só para as elites, e muitas bicicletas à borla para o povo achinesado (e o Pacheco maoísta rejubila!).
O que é preciso é nivelar o povo por baixo.
E os carros eléctricos, que são (em bom rigor) “automóveis de boutique”, só poderão ser comprados pelos “donos disto tudo” (incluindo os membros do governo do monhé e os comissários políticos do Totalitarismo de Veludo).
Porém, e como o clima naturalmente muda, entre o aquecimento global e o arrefecimento global, o Daniel Oliveira prefere o último — o que é um absurdo de todo o tamanho. Se o Karl Marx fosse vivo, seria certamente a favor da tese do Aquecimento Global Antropogénico.
Esta gente está f*der connosco, e nós a ver. Temos é que fazer uma revolução contra estes filhos-de-puta!
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