terça-feira, 9 de abril de 2024

A poesia é filosofia sem lógica


Vejo aqui um trecho do denominado “poeta” Nuno Júdice e, a julgar pela amostra, corrobora a minha ideia segundo a qual “a poesia é filosofia sem lógica”.

“Construo o pensamento aos pedaços: cada
ideia que ponho em cima da mesa é uma parte do
que penso; e, ao ver como cada fragmento se
torna um todo, volto a parti-lo, para evitar
conclusões.”

Como é evidente, um fragmento nunca se torna em um Todo — porque, se assim fosse, não seria fragmento.

Por outro lado — e segundo S. Tomás de Aquino (e Kant) —, o ser humano vive (consciente- ou inconscientemente) para chegar a conclusões — por muito que essas conclusões sejam erradas, servem para o seu desenvolvimento ontológico: é chegando a conclusões, muitas vezes erradas, que o ser humano se abre a novos horizontes existenciais.

“Evitar conclusões” é chegar a uma conclusão.

Eu não leio poesia. Não gasto um tostão em poética. Talvez por isso é que o Fernando Pessoa teve necessidade de escrever a sua obra em prosa.

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