A censura do Estado Novo apenas proscrevia determinados discursos no espaço público.
Contudo, o chamado “politicamente correcto”, encabeçado pelo Partido Socialista da Isabel Moreira (e da Alexandra Leitão), e coadjuvado pelo LIVRE, Bloco de Esquerda, PAN, e pelo Partido Comunista — para além de proscrever um determinado tipo de discurso público, prescreve também outro tipo de discurso público.
A censura praticada pelo politicamente correcto, identificada claramente pela acção política da Isabel Moreira (Partido Socialista), tem vislumbres da censura praticada na Coreia do Norte: é uma censura que não só proscreve, mas também prescreve.
A censura prescritiva — a do Partido Socialista da Isabel Moreira e da Esquerda radical, à moda da Coreia do Norte —, que é a exigência segundo a qual algumas coisas não podem ser ditas (censura proscritiva), mas também a exigência de que outras coisas têm que ser (obrigatoriamente) ditas (censura prescritiva), é a pior forma de censura que podemos conceber — porque nos conduz (a sociedade inteira) não só ao tédio cultural e político, mas a um senso de violência contra as nossas mentes, porque as coisas que devem ser obrigatoriamente ditas e que não podem ser compulsoriamente negadas, são normalmente falsidades óbvias e grosseiras.
Ser obrigado a aceitar e repetir falsidades grosseiras é muito pior do ser meramente proibido de dizer qualquer coisa.
Quando comparado com Isabel Moreira, Salazar era um menino de coro.
