“Fim-de-semana” (com dois hífens) é um substantivo, ao passo que “final da semana” (em brasileiro) ou “fim da semana” (em português) é um advérbio de tempo.
Contudo, no Brasil o advérbio “final da semana” também é utilizado como substantivo — existe, no idioma brasileiro, uma justaposição dos dois conceitos.
Não vou aqui comentar a razão por que isto acontece no Brasil. Deixo isso à imaginação dos leitores.
Em Portugal, o advérbio “fim da semana” é indefinido por natureza, porque pode referir-se a uma Quinta-feira, ou Sexta-feira ou ao Sábado — e não ao Domingo que, na tradição portuguesa, é o primeiro dia da semana (seguinte): porque isso é que existe a Segunda-feira como segundo dia da semana.
Em bom português, o jornaleiro do semanário Espesso deveria ter escrito:
“Frotilha por Gaza: portuguesas detidas por Israel não deverão chegar a Portugal antes do fim da semana.”
Note-se que se deve escrever “frotilha”, e não “flotilha” que é um espanholismo; mas eu também aceitaria que se escrevesse “fodilha”, na medida em que os portugueses estão a ser f*d*dos pela Esquerda radical.
Utilizar (em Portugal) o termo “final da semana” como advérbio (em lugar de “fim da semana”) é um brasileirismo.
A “elite” portuguesa está a tentar impôr coercivamente ao povo português o idioma brasileiro. Com todo o respeito pelo Brasil, penso que os portugueses devem resistir a esta adulteração linguística sistemática veiculada pelos me®dia.