Em nome do “ateísmo científico” (positivismo), por um lado, e em nome também do relativismo cultural (“todas as culturas são iguais”, dizem eles), por outro lado, a elite ocidental globalista esquerdóide substituiu a sigla “a.C.” (antes de Cristo) pela sigla BCE (Before Common Era), e em vez da sigla d.C. (depois de Cristo) usam agora a sigla CE (Common Era).
Porém, em termos práticos, nada mudou: as siglas substitutas significam exactamente o mesmo que as siglas substituídas — porque o marco temporal de referência nos dois casos é exactamente o mesmo: o nascimento de Jesus Cristo.
Ora, se a significância simbólica é a mesma, ¿por que razão os intelijumentos mudaram apenas as siglas dos símbolos?
Seria como se eu começasse a chamar a um “pau” de “Lazdelė” — sendo que “Lazdelė” significa “pau” na língua lituana.
“Lazdelė” e “pau” têm o mesmo significado / representado. Agora imaginem que a elite portuguesa, em vez de “pau”, começava a usar o termo “Lazdelė” em nome de um qualquer sacrifício cultural considerado proeminente.
Por exemplo: “atirei o pau ao gato” passaria a ser “atirei o Lazdelė ao gato”.
Neste caso, o representado é o mesmo (o felino): o que muda é o símbolo (o nome do pedaço de madeira) — o que é um perfeito absurdo, porque normalmente o representado desaparece quando o símbolo muda ou se desvanece; a não ser que não se trate de um símbolo, mas apenas de um sinal que pode ser mudado, porque os sinais são escolhidos arbitrariamente (por exemplo, os sinais de trânsito).
Um símbolo nunca se muda, porque isso resultaria também na dissolução do seu significado / representado; em contraponto, um sinal pode ser mudado mantendo-se o seu significado anterior.
As siglas “a.C” e “d.C” são símbolos; as novas siglas “CE” e “BCE” são sinais que se referem aos símbolos que os estúpidos laicistas pretendem fazer desaparecer ao mesmo tempo que os invocam sistematicamente.