quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O pensamento ético-político do Daniel Oliveira

 

“A minha posição sobre a vida privada dum político é a mesma que tenho em relação a qualquer pessoa que não seja da minha intimidade: não me diz respeito. Pode ser um péssimo pai ou mãe, uma pessoa intratável, antipático, desleal, ego-maníaco, adúltero. Não sendo meu amigo ou minha amante, tanto me faz. As características pessoais de um político só me interessam na estrita medida em que isso afecte directamente a forma como exerce o seu cargo.”

Vamos lá ver:

1/ Em relação a mulheres, Sarkozy foi o que se sabe: casou-se três vezes.

Jacques Chirac envolveu-se em uma relação extra-matrimonial com Margie Soudre que acabou por ser ministra do governo francês.

François Miterrand mantinha duas famílias em paralelo: uma com Danielle, e outra com Anne Pingeot.

Porém, há um detalhe que separa radicalmente estes três casos do de François Hollande: este último conseguiu a proeza de partilhar a sua amante, Valerie Trierweiler, não só com o ministro de Sarkozy, Patrick Devedjian, mas também com outros machos. Quando eu digo “partilhar”, é literalmente “partilhar”. Nem Sarkozy, nem Miterrand, nem Chirac, entraram em relações amorosas de time-sharing. François Hollande é a “evolução” para a promiscuidade sexual.

2/ Segundo Daniel Oliveira, um político pode ser, por exemplo, um pedófilo na sua vida privada, e exercer bem o seu cargo público. Dirá o Daniel Oliveira que a pedofilia ainda é proibida por lei. Ainda. Mas quando deixar de ser proibida por lei, o Daniel Oliveira continuará a pensar da mesma maneira, porque “os arroubos libertários acalmam-se finalmente com um pouco de fornicação promíscua” (Nicolás Gómez Dávila).

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