quarta-feira, 7 de maio de 2014

O clero que escolheu este Papa bem pode limpar as mãos à parede

 

Em uma entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung , o cardeal Gerhard Ludwig Müller, que é o actual Perfeito da Congregação da Doutrina da Fé, afirmou que o cardeal Bergoglio, aka Francisco I, é um simpatizante da Teologia da Libertação.

che-bergoglio-png-webA ideia segundo a qual se pode ser simpatizante da Teologia da Libertação, e simultaneamente negar o marxismo, é falácia. Desafio qualquer pessoa que seja apaniguada do cardeal Bergoglio a discutir este assunto comigo. E mais: a Teologia da Libertação não foi apenas influenciada pelo marxismo: tem também uma forte influência da Nova Teologia que surgiu na Europa na primeira metade do século XX. E tanto o marxismo como a Nova Teologia têm uma cariz eminentemente imanente (são filosofias, e não teologias propriamente ditas). Ou seja: a Igreja Católica está hoje a ser orientada por uma filosofia imanente (e gnóstica), e não por uma teologia transcendental.

A ideia que grassa hoje pelos católicos e pela sociedade em geral, segundo a qual “tudo aquilo que o que o Papa faz ou diz não é ilegal” — é o que se pode chamar de Positivismo Papal. O paradoxo do cardeal Bergoglio é o de que, por um lado, afirma que a Igreja Católica deve ser descentralizada — o que significa a transformação da Igreja Católica em uma espécie de igreja protestante —, e, por outro lado, assume o tal Positivismo Papal onde está implícito um centralismo e a exigência de um culto da personalidade do Papa.

Os aduladores do cardeal Bergoglio não fazem parte da Igreja Católica Apostólica Romana, mas antes de uma espécie de partido político a que dão o nome de “Igreja Católica”; e Francisco I é o líder desse partido político que tem uma determinada ideologia imanente e gnóstica.

O clero que escolheu este Papa bem pode limpar as mãos à parede.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.