«Por isso, é preciso contrariar a tendência de só "atacar" os "problemas" quando eles, efectivamente, surgem, defende a comissária. "Não podemos desinvestir nalgumas áreas", vinca, sustentando que a quase invisibilidade da extrema-direita em Portugal é "fruto" do "investimento que se fez nos últimos 20 anos".»
→ Portugal tem 'ingredientes' para ver crescer extrema-direita
Os conceitos da senhora são abstractos. Por exemplo, ¿o que é a “extrema-direita”? A razão por que a Front Nationale de Marine Le Pen não conseguiu formar um grupo no parlamento europeu é exactamente porque não existe um conceito político definido de “extrema-direita” — ao contrário do que acontece com o conceito político de “socialismo”: seria impensável que o Partido Socialista português não formasse um grupo parlamentar com o Partido Socialista francês, por exemplo.
Ademais, afirmar — como ela afirma — que a idiossincrasia do povo português — que criou o Brasil — é mais ou menos a mesma coisa que a do povo holandês, por exemplo, é separar a antropologia, por um lado, da História, por outro lado. É colocar na mesma categoria a miscigenação dos colonos portugueses em Angola com o apartheid dos boers holandeses da África do Sul, ou comparar igualmente o colonialismo português com o colonialismo francês — em 1977, o presidente da Costa do Marfim afirmou que teria sido melhor para o seu povo ter sido colonizado pelos portugueses, porque os franceses, no processo de independência daquele país, até os fios de telefone levaram para França.
Rosário Farmhouse, talvez em função do seu (dela) nome que denota uma ascendência alienígena, ainda não compreendeu as características antropológicas do povo português.
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