terça-feira, 19 de agosto de 2014

Esqueçam o PNR e andem para a frente

 

Sobre este artigo assinado por António Marquês Bessa, digo o seguinte: esqueçam o PNR.

O PNR não tem condições para ser uma alternativa ao “sistema”, nem sequer pode ser um factor de modificação do sistema. Pelo contrário, o PNR legitima o sistema tornando-se, de certa forma, no “inimigo interno”, à laia do que acontece nos sistemas totalitários: através do conceito de “inimigo interno”, o ditador justifica qualquer enormidade política.

O Poder significa a possibilidade de agir, mas também o exercício de uma autoridade. O exercício de autoridade requer uma história e uma tradição consentâneas com uma certa racionalidade.

¿Querem formar um novo partido político de direita? É boa ideia!. Vejam o exemplo do UKIP (United Kingdom Independent Party), mas esqueçam o PNR. Quanto mais insistem no PNR, mais o sistema se sente confortável.

Adenda: o PRD faliu porque não tinha um ideário político: era uma comissão ad Hoc de refractários do sistema.

2 comentários:

  1. Já há muito tempo que defendo uma versão portuguesa do UKIP. O PNR espetou um tiro no próprio pé quando se deixou infiltrar pelos skinheads e alguns neo-nazis de muito má fama como o Mário Machado. Destruíram a sua imagem pública e deram aos merdi@ a desculpa perfeita para darem início a mais uma "caça ao fascista" em Portugal. Básicamente o PNR fez tudo aquilo que um partido político não deve fazer e isso paga-se caro...

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    1. “O PNR espetou um tiro no próprio pé quando se deixou infiltrar pelos skinheads”

      O meu amigo disse aquilo que eu queria dizer mas que, talvez porque não queria ferir susceptibilidades, eu não disse.

      Mas não é só isso! Leia os blogues dos afectos ao PNR e verificará que eles têm uma visão socialista do país. Eu entendo que o Estado tem que ser forte — em oposição ao “Estado exíguo” que temos —, mas entendo que o Estado deve ser mais uma instituição da sociedade civil, embora especial.

      O novo partido a formar deve seguir os princípios de Tocqueville acerca do Estado. E não me digam que “Tocqueville foi um liberal!”, porque então teria eu de demonstrar que ele não foi liberal e até criticou a democracia na América.

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