terça-feira, 30 de setembro de 2014

A pseudo-ciência aplicada à ética

 

A pseudo-ciência é um fenómeno cultural oriundo da Esquerda; tem a sua raiz no cientismo jacobino de Augusto Comte, evoluiu através do socialismo maçónico francês do século XIX, depois através de Karl Marx, e finalmente através do Existencialismo materialista (por exemplo, Jean-Paul Sartre).

O David Marçal conta aqui um caso típico de pseudo-ciência na cultura antropológica, em que mulheres andaram de mamas ao léu no Algarve. Na pseudo-ciência, a ciência assume uma dimensão de possibilidade de mudança da natureza fundamental da realidade (fé metastática). Daqui não viria grande mal ao mundo se a pseudo-ciência não passasse a influenciar a ética.

Uma característica da Esquerda é o determinismo ético — a negação do livre-arbítrio humano — que deriva da implantação da pseudo-ciência no imaginário cultural esquerdista. Por exemplo, o caso que a Helena Matos revela aqui: segundo os me®dia, a crise na economia conduz inevitavelmente a uma decadência moral; trata-se da criação de um nexo causal (pseudo-científico) que não existe de facto.

Esta é uma das razões por que a Esquerda judicializa a ética; ou seja, substitui a ética e a moral pelo Direito Positivo. A própria lei passa a substituir a norma moral que por sua natureza não é escrita, o que significa que os juízes, por um lado, e os especialistas técnicos (médicos, por exemplo), por outro lado, passam a ter o poder político quase plenipotenciário que era próprio dos padres e bispos católicos da Idade Média. Vivemos hoje em uma “Idade Média contemporânea”.

A aliança entre a pseudo-ciência e o Direito Positivo é uma nova forma de opressão esquerdista e um instrumento político de restrição da liberdade do cidadão.


O determinismo moral pode ser caricaturado da seguinte forma: um assassino em série declara, perante o juiz:

--- Senhor doutor juiz: a culpa dos homicídios não é minha!: em vez disso, é dos meus genes!

Depois, caberá ao juiz e de uma forma quase arbitrária, decidir se a culpa é dos genes ou do meio-ambiente em que o assassino foi criado. Esta é uma das razões por que a Esquerda pretende atenuar e diminuir as penas de prisão: porque nega a existência do livre-arbítrio no ser humano.

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